
Especialistas alertam que nenhuma quantidade de álcool é segura durante a gestação; exposição pode causar danos permanentes ao desenvolvimento físico e neurológico do feto.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de transtornos graves no feto, especialmente a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), a forma mais severa dos Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF).
Como o álcool afeta o feto?
O álcool atravessa a placenta, atingindo rapidamente o feto, cujo organismo em desenvolvimento não consegue metabolizá-lo adequadamente. Isso resulta em uma exposição prolongada que pode causar:
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Malformações físicas: como microcefalia, alterações faciais e cardíacas.
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Déficits cognitivos e comportamentais: incluindo dificuldades de aprendizado, memória, atenção e problemas emocionais.
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Comprometimento neurológico permanente: afetando o desenvolvimento do sistema nervoso central.
Prevalência no Brasil e no mundo
Estudos indicam que cerca de 15% das gestantes brasileiras consomem bebidas alcoólicas durante a gravidez, muitas vezes por desconhecimento dos riscos.
Nenhuma dose é segura
Não há evidências científicas que estabeleçam uma quantidade segura de consumo de álcool durante a gravidez. Portanto, a recomendação é a abstinência total de bebidas alcoólicas durante todo o período gestacional.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico da SAF é clínico e envolve a identificação de características físicas específicas, déficits de crescimento e evidências de exposição pré-natal ao álcool. A prevenção é totalmente possível e depende da conscientização sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez.
O consumo de álcool durante a gravidez é um risco evitável que pode causar danos irreversíveis ao desenvolvimento do bebê. A informação e a conscientização são fundamentais para prevenir a Síndrome Alcoólica Fetal e garantir uma gestação saudável.
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