Corinthians é investigado pela Polícia Federal por suspeita de sonegação fiscal

Foto: Reprodução.
Inquérito foi aberto a pedido do Ministério Público Federal e apura possíveis fraudes tributárias cometidas entre 2023 e 2024.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O Sport Club Corinthians Paulista está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em crimes contra a ordem tributária.

A apuração, que corre sob sigilo, foi iniciada a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e resultou na abertura de um inquérito no último dia 30 de abril, com autorização da Justiça Federal.

A investigação aponta indícios de que o clube teria praticado atos que se enquadram nos artigos 1º e 2º da Lei 8.137/90, que trata de fraudes fiscais e omissão de tributos.

As possíveis irregularidades estariam relacionadas aos anos fiscais de 2023, sob gestão de Duilio Monteiro Alves, e 2024, já na presidência de Augusto Melo.

O que está sendo investigado?

Embora os valores e detalhes exatos estejam em sigilo, a investigação foca possíveis ações como: omissão ou falsificação de informações à Receita Federal, Emissão de documentos fiscais inverídicos e não recolhimento de tributos obrigatórios no prazo legal.

A estimativa inicial é que o inquérito seja concluído em até quatro meses, mas esse prazo pode ser prorrogado conforme o andamento das diligências.

Posição oficial do clube

Procurado pela reportagem, o Corinthians confirmou ter conhecimento da investigação e afirmou que está colaborando com as autoridades. Em nota oficial, o clube declarou:

“O departamento jurídico da gestão interina do Sport Club Corinthians Paulista informa que tem conhecimento do inquérito e que, neste momento, está adotando as medidas jurídicas cabíveis para o esclarecimento das dúvidas das autoridades.”

O que diz a lei?

A Lei 8.137/90 trata de crimes contra a ordem tributária e pode implicar penas severas. Abaixo, um resumo das condutas em investigação:

Art. 1º – Suprimir ou reduzir tributo mediante:

  • Omissão de informações;
  • Declarações falsas;
  • Falsificação de notas fiscais;
  • Emissão de documentos inverídicos.
    Pena: Reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.

Art. 2º – Deixar de recolher tributos ou utilizar fraudes para isenção indevida.
Pena: Detenção de 6 meses a 2 anos, além de multa.

Contexto recente no clube

A investigação sobre sonegação ocorre em um momento delicado para o Corinthians, que já enfrenta questionamentos de torcedores e conselheiros sobre transparência fiscal e administrativa.

Além disso, o clube ainda lida com repercussões do caso VaideBet, envolvendo suspeitas na área de marketing e contratos com intermediários.

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