
Anúncio feito pelo bilionário ocorre após ameaças de cancelamento de contratos públicos por parte do presidente dos EUA.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O empresário Elon Musk comunicou na última quinta-feira (5) que deixará de utilizar a nave Dragon, atualmente usada em missões que envolvem o envio de astronautas e equipamentos para a Estação Espacial Internacional (ISS). A decisão foi tornada pública pouco depois de declarações do presidente Donald Trump questionando os contratos entre o governo e empresas de Musk.
O posicionamento do fundador da SpaceX foi divulgado na rede social X, onde ele reagiu a uma postagem feita por Trump na plataforma Truth Social. Na publicação, o presidente dos Estados Unidos sugeriu que os acordos firmados com Musk deveriam ser cancelados.
“A melhor maneira de economizar dinheiro de nosso orçamento (estatal) é acabar com os subsídios e contratos governamentais de Elon. Sempre me surpreendeu que (o ex-presidente Joe) Biden não tivesse feito isso”, escreveu Trump.
Com a Dragon fora de operação, a agência espacial americana pode enfrentar dificuldades imediatas, já que depende dessa cápsula para levar astronautas e cargas à ISS. Em março, a nave foi usada para trazer de volta à Terra dois astronautas norte-americanos que estavam há meses aguardando retorno.
A decisão marca mais um episódio do desgaste recente entre Musk e o presidente. A tensão cresceu após a saída do empresário do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), cargo que ocupava na atual administração. Embora ambos tenham aparecido juntos em um evento oficial na última semana, os bastidores já indicavam um distanciamento.
Durante o dia, a troca de mensagens entre os dois intensificou a crise. Trump, em uma nova declaração pública, disse estar “muito decepcionado” com a conduta de Musk, sugerindo um rompimento definitivo.
A SpaceX, empresa criada por Musk, figura entre os principais fornecedores da Nasa. Nos últimos dez anos, a companhia acumulou mais de US$ 17 bilhões em contratos com o governo federal. Não foi informado se outras operações da empresa junto à agência também serão afetadas.
Até o momento, a administração federal não divulgou nenhum posicionamento oficial sobre a decisão do empresário ou sobre os próximos passos da Nasa em relação às missões espaciais.
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