Imagens de satélite expõem destruição em complexo nuclear iraniano atingido por bombas antibunker

Força aérea dos EUA usou bombardeiros B-2 e mísseis Tomahawk para destruir instalações subterrâneas em parceria com Israel.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Uma operação militar de grande escala, realizada no último sábado (21), expôs ao mundo novos detalhes sobre o complexo nuclear iraniano de Fordow. Fotos de satélite divulgadas pelo governo americano mostram o local antes e depois de ser atingido por bombas de alta penetração.

Imagem anterior ao bombardeio: a instalação nuclear subterrânea de Fordow está escavada em uma rocha com 80 metros de profundidade. | Foto: EFE/EPA/Maxar Technologies

A base, cravada sob uma montanha de rocha na cidade de Qom, vinha sendo alvo de ações aéreas de Israel, mas a destruição efetiva só ocorreu com a entrada dos Estados Unidos na ofensiva. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aguardava esse suporte para avançar contra um dos pontos mais protegidos do programa nuclear iraniano.

Registros da Maxar Technologies confirmam o cenário de destruição após o ataque, que mobilizou bombardeiros B-2 e cerca de 30 mísseis Tomahawk. Segundo o governo americano, o bombardeio representa o maior já registrado com essas aeronaves em operação conjunta.

Imagens de satélite mostram a área de Fordow depois do ataque dos Estados Unidos. | Foto: EFE/EPA/Maxar Technologies

De acordo com autoridades norte-americanas, “o objetivo é incapacitar a infraestrutura subterrânea que protege o programa nuclear do regime dos aiatolás”. Apesar do poder aéreo de Israel, especialistas apontam que somente os EUA dispõem de armamentos capazes de atingir instalações tão profundas.

Outros alvos também foram incluídos na ação militar: além de Fordow, instalações em Natanz e Isfahan sofreram bombardeios quase simultâneos. Até o momento, o Irã não forneceu dados sobre possíveis vítimas ou extensão dos prejuízos, mas fontes ligadas à inteligência ocidental asseguram que os danos comprometeram seriamente o ritmo de enriquecimento de urânio.

Analistas internacionais alertam para o risco de escalada na tensão regional após o ataque. A destruição de bases nucleares pode agravar ainda mais a relação entre Teerã, Washington e Tel Aviv, reacendendo preocupações sobre novos confrontos ou retaliações.

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