O imigrante tinha conseguido a “suspensão de expulsão para a Guatemala”, sendo informado por um juiz da imigração que também não poderia ser deportado para o México.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Os advogados de um imigrante guatemalteco deportado erroneamente para o México pelo governo americano, informaram nesta quinta-feira (5) que ele conseguiu retornar aos Estados Unidos por ordem judicial. O homem tornou-se o primeiro deportado a regressar ao país por decisão da Justiça.
Os documentos do processo judicial informam que o guatemalteco entrou ilegalmente nos Estados Unidos em março de 2024 e foi deportado pouco tempo depois para a Guatemala. Em abril, tentou novamente ingressar nos EUA indo ao México, onde “foi violentado e mantido como refém até que um membro da família pagou o resgate”.
No mês seguinte o imigrante conseguiu entrar pela segunda vez nos Estados Unidos, mas acabou preso pela patrulha da fronteira. Nessa ocasião, um oficial avaliou que existia um medo crível de perseguição e tortura e iniciou o processo migratório do homem.
Na avaliação do caso, em fevereiro de 2025, um juiz da imigração concedeu a “suspensão de expulsão para a Guatemala”, garantindo ao guatemalteco que ele não poderia ser enviado para o México pelo governo.
Contudo, dois dias depois de conseguir a suspensão da expulsão, o homem foi colocado em um ônibus e enviado ao México, onde lhe deram a opção de permanecer ali ou ir para a Guatemala. O imigrante viveu escondido em seu país de origem, enquanto o processo corria nos EUA.
A determinação para ele retornar aos Estados Unidos foi emitida pelo juiz Brian E. Murphy em 23 de maio, determinando que a administração federal tomasse todas as medidas imediatas para facilitar o retorno do guatemalteco ao país.
No dia 28 de maio, o governo informou à Justiça que tinha entrado em contato com os advogados do guatemalteco e que ele retornaria aos EUA em um voo. O homem voltou nessa quarta-feira (4) e ficou sob custódia do ICE. “Ele chegou à Califórnia em um voo comercial e foi detido imediatamente”, informaram os advogados.
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