Israel em alerta: Irã ataca novamente e ignora ameaça de Trump

População corre para abrigos enquanto sistema de defesa intercepta projéteis; tensão cresce apesar da ação militar norte-americana contra usinas nucleares iranianas.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Uma nova onda de sirenes interrompeu a rotina em várias regiões de Israel na noite do último domingo (22), quando mais mísseis foram disparados a partir do Irã. O alerta soou pouco depois das 21h, no horário de Brasília, e obrigou moradores a correrem para bunkers e abrigos subterrâneos.

Em nota oficial, as Forças de Defesa de Israel confirmaram a origem dos projéteis: “Há pouco tempo, sirenes soaram em diversas áreas de Israel após a identificação de mísseis lançados do Irã em direção ao Estado de Israel”.

Apesar da ameaça, o sistema Domo de Ferro, reconhecido mundialmente pela eficácia, interceptou os alvos antes de grandes danos. Minutos depois, os militares orientaram que a população pudesse deixar os locais de proteção com segurança.

O ataque ocorreu em meio à ofensiva militar dos Estados Unidos, que no sábado (21) atingiu três instalações de enriquecimento de urânio em Fordow, Isfahan e Natanz, dentro do território iraniano. O objetivo declarado foi conter avanços que, segundo Washington e Tel Aviv, podem resultar em armamentos nucleares.

O presidente Donald Trump deixou claro que a pressão não deve parar tão cedo: “Ou haverá paz ou haverá uma tragédia para o Irã, muito maior do que a que testemunhamos nos últimos oito dias. Lembrem-se, ainda há muitos alvos.”

No cenário diplomático, a crise dominou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Representantes da Rússia defenderam Teerã e culparam Estados Unidos e Israel por violarem normas internacionais. O embaixador Vasily Alekseyevich Nebenzya declarou: “EUA confirmaram que para garantir sua hegemonia mundial, estão preparados para cometer qualquer crime em violação das leis internacionais”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, se posicionou sobre os riscos do conflito avançar para toda a região, apontando que a participação direta de potências pode gerar consequências imprevisíveis: “marca uma virada perigosa em uma região que já está em crise.”

Israel afirma que não recuará enquanto persistir qualquer suspeita de ameaça nuclear por parte do regime iraniano. Desde 13 de junho, operações ofensivas foram intensificadas para evitar que Teerã atinja capacidade para desenvolver uma bomba atômica — acusação que os líderes iranianos rejeitam.

Enquanto isso, a população israelense continua enfrentando noites sob o som de sirenes e explosões, numa demonstração de que a tensão entre os países dificilmente será resolvida a curto prazo.

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