Em discurso na ONU, embaixador israelense defende ação militar americana e alerta que a inação diante do programa atômico iraniano custaria caro a todo o mundo livre.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em uma declaração contundente durante sessão do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador de Israel, Danny Danon, comparou o risco representado pelo Irã ao maior perigo enfrentado pela comunidade internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele defendeu os ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, afirmando que foram uma resposta necessária após o esgotamento das vias diplomáticas.
“O mundo livre estava diante da maior ameaça que já viu desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou. Para Danon, o regime iraniano utilizou as negociações sobre seu programa nuclear como estratégia para ganhar tempo e avançar na produção de mísseis e no enriquecimento de urânio. “O Irã negociou acordos que nunca pretendia manter. Fez compromissos que nunca honrou”, declarou o diplomata, reforçando que Israel e EUA miraram apenas infraestruturas militares e nucleares.
Segundo ele, a operação militar foi planejada de forma a evitar danos a civis. “Os objetivos de Israel não eram cidades, não eram civis, não eram casas ou escolas. Eram lançadores de mísseis e locais nucleares”, disse. O representante israelense ainda ressaltou que a diferença entre os dois lados é evidente: “Eles procuram o caos, nós procuramos a ordem.”
Danon alertou que não agir diante do avanço nuclear de Teerã resultaria em consequências dramáticas para toda a comunidade internacional. “O custo de inação seria catastrófico. Um Irã nuclear seria uma sentença de morte tanto para vocês quanto para nós”, destacou, apontando que o ataque visa proteger não apenas Israel, mas a estabilidade global.
Ele elogiou a decisão do governo americano de agir antes que fosse tarde demais. “Quando o mundo estava na frente de um desastre nuclear, a América passou em frente. Quando o tempo acabou, a América mostrou coragem”, disse.
Encerrando seu pronunciamento, o embaixador fez um apelo direto aos demais países para que mantenham uma postura firme em relação a Teerã. “Agora é a hora para o resto do mundo garantir que a ameaça de um Irã nuclear nunca volte”, concluiu.
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