Mulher que vivia no estado do Texas começou a apresentar sintomas quatro dias após lavar o nariz usando água da torneira de um trailer.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma moradora do Texas, nos Estados Unidos, morreu após ser infectada pela Naegleria fowleri, uma ameba extremamente rara e letal, conhecida popularmente como “ameba comedora de cérebro”. A vítima, uma mulher de 71 anos cujo nome não foi divulgado, desenvolveu meningoencefalite amebiana primária (MAP) — infecção cerebral grave que costuma evoluir rapidamente e, na maioria dos casos, é fatal.
Segundo informações apuradas, com base em dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), os sintomas surgiram quatro dias após a idosa realizar uma lavagem nasal utilizando água da torneira de um trailer onde estava hospedada em um acampamento no Texas. O quadro piorou em poucos dias, levando à morte apenas oito dias após o início dos sintomas.
A Naegleria fowleri entra no corpo humano pelas vias nasais, geralmente ao se utilizar água contaminada em atividades como mergulhos em águas naturais ou, como nesse caso, na irrigação nasal. A ameba então migra até o cérebro, provocando uma inflamação severa e destrutiva.
Sintomas e prevenção
Entre os principais sintomas observados estão febre alta, dor de cabeça intensa, convulsões e alterações no estado mental — sinais típicos da MAP. A infecção foi confirmada por exames laboratoriais, segundo o CDC.
Autoridades de saúde reforçam a recomendação de que lavagens nasais sejam feitas apenas com água destilada, esterilizada ou fervida por pelo menos um minuto e resfriada. A prática com água da torneira, mesmo parecendo segura, pode representar risco quando contaminada.
A tragédia reacende o alerta das autoridades texanas, que já haviam enfrentado um caso semelhante em 2020, quando um menino de seis anos morreu após nadar em um lago infectado pela mesma ameba.
A Naegleria fowleri é naturalmente encontrada em águas doces e quentes, como lagos, rios, fontes termais e piscinas com manutenção inadequada. A taxa de letalidade é altíssima: entre os 164 casos registrados nos Estados Unidos entre 1962 e 2023, apenas quatro pessoas sobreviveram.
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