 
Relatório destaca que país implementou todas as medidas recomendadas para o controle do tabagismo, ao lado de apenas três outras nações no mundo.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o Brasil como um dos quatro países no mundo que adotaram integralmente todas as ações recomendadas para o combate ao tabagismo. O reconhecimento veio com a publicação do relatório “Epidemia Global do Tabaco 2025”, divulgado nesta segunda-feira (24), durante a Conferência Mundial sobre Controle do Tabaco, realizada em Dublin, na Irlanda.
Além do Brasil, integram o grupo de destaque as Ilhas Maurício, os Países Baixos (Holanda) e a Turquia. Os dados mostram que essas nações implementaram, com sucesso, as seis medidas centrais do plano Mpower, um conjunto de diretrizes criado pela OMS em 2008 para erradicar os impactos do consumo de tabaco na saúde pública.
As seis medidas do plano Mpower são:
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Monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção; 
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Proteger as pessoas da exposição à fumaça do tabaco; 
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Oferecer ajuda para quem deseja parar de fumar; 
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Alertar sobre os perigos do tabagismo com rótulos e campanhas; 
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Proibir a propaganda, promoção e patrocínio do tabaco; 
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Aumentar impostos sobre produtos de tabaco. 
Impacto global
Segundo a OMS, 6,1 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem hoje sob a proteção de ao menos uma dessas seis medidas, o que representa três quartos da população mundial. No entanto, ainda há grandes lacunas: cerca de 2 bilhões de pessoas vivem em 40 países onde nenhuma dessas diretrizes foi aplicada.
Um dos avanços mais notáveis, conforme o relatório, é o uso de advertências gráficas em maços de cigarros, hoje adotadas por 110 países. O Brasil é referência nesse quesito desde 2009, quando instituiu imagens de impacto nos pacotes para alertar os consumidores sobre os riscos do cigarro.
Riscos persistem com novos produtos
A OMS também chamou atenção para o avanço de novos produtos à base de nicotina, como cigarros eletrônicos e sachês, especialmente entre adolescentes. A entidade recomenda que todos esses itens passem a exibir alertas de saúde em suas embalagens.
“Os cigarros eletrônicos com nicotina são altamente viciantes e prejudiciais à saúde. A indústria do tabaco segue se adaptando, e nossos esforços também precisam evoluir”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Vinte anos após a adoção da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, a OMS destaca que há vitórias importantes a celebrar, mas reitera que a luta contra o tabagismo ainda está longe do fim.
“Ao unir ciência, políticas públicas e vontade política, podemos criar um mundo onde o tabaco não ceife mais vidas, prejudique economias ou roube futuros”, afirmou Tedros.
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