Rejeição a Lula cresce e maioria dos brasileiros rejeita reeleição em 2026, aponta pesquisa

Levantamento da Quaest mostra queda acentuada na imagem positiva do presidente; 66% dos entrevistados não querem sua candidatura.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

O cenário para uma possível tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostra cada vez mais desfavorável. Segundo os dados mais recentes da pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), o desgaste da imagem do petista vem se intensificando desde o início do ano.

A pesquisa revela que a rejeição a Lula alcançou 57% em maio. Para efeito de comparação, esse índice era de 55% em março e 49% em janeiro. O dado mais alarmante para o Planalto, no entanto, é o encolhimento do potencial de voto no presidente, que caiu de 47% há cinco meses para apenas 40% agora.

O levantamento foi realizado entre os dias 29 de maio e 1º de junho e ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de confiança.

A crescente rejeição é acompanhada por um posicionamento claro da maioria dos brasileiros: “66% dos entrevistados afirmam que Lula não deveria se candidatar à reeleição em 2026”, informa a pesquisa. Esse número representa um aumento de 4 pontos em relação à rodada anterior, feita em março.

No campo das intenções de voto, Lula encontra um empate técnico com seu maior adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos pontuam 41% numa simulação de segundo turno, mas sem vantagem real para nenhum dos lados.

Mesmo adversários de menor exposição começam a despontar com mais competitividade. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), por exemplo, viu suas intenções de voto subirem de 29% para 31%, apesar de sua rejeição ter crescido de 49% para 51%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também apresentou leve crescimento: passou de 23% para 28%, enquanto sua rejeição variou de 32% para 33%. Ainda assim, “ele é desconhecido por 39% dos entrevistados”, aponta o levantamento.

Apesar de também enfrentar rejeição alta, Bolsonaro mantém uma base mais sólida. Sua desaprovação subiu de 53% para 55% desde janeiro, mas dentro da margem de erro. Já sua aprovação sofreu uma queda modesta, indo de 41% para 39%. Ainda assim, “65% afirmam que ele deveria abrir mão da candidatura agora e apoiar outro nome”, reforçando a dificuldade que enfrentaria se decidisse disputar diretamente as eleições.

A pesquisa da Quaest deixa claro que o eleitorado está cada vez mais cético com relação aos nomes tradicionais da polarização política nacional. A rejeição em alta e a estagnação nas intenções de voto sugerem que tanto Lula quanto Bolsonaro enfrentam obstáculos significativos, caso insistam em protagonizar mais uma vez a corrida presidencial.

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