Seis inteligências artificiais que já estão revolucionando a saúde

Imagem: Getty Images
De diagnósticos mais rápidos a medicamentos desenvolvidos por algoritmos, conheça as tecnologias que já salvam vidas e transformam o cuidado médico em hospitais ao redor do mundo.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

1. Aidoc (análise de imagens médicas)

O software da Aidoc auxilia radiologistas no diagnóstico precoce de condições críticas como hemorragias cerebrais, AVC e embolias pulmonares. A empresa israelense conta com mais de seis aprovações da FDA e CE, e está presente em mais de 900 hospitais — incluindo Montefiore, Cedars-Sinai e Yale New Haven — operando com inteligência “sempre ativa” que analisa automaticamente exames de imagem, reduzindo gargalos diagnósticos.

2. Viz.ai (detecção de AVC por tomografia)

Focada em identificar mais rapidamente sinais de AVC, a plataforma Viz.ai detecta obstruções de vasos cerebrais por meio de imagens de tomografia computadorizada, enviando alertas imediatos às equipes médicas. Isso acelera o encaminhamento para tratamentos especializados como trombectomia, trazendo ganhos expressivos nos desfechos dos pacientes.

3. Nuance Dragon DAX / Microsoft Copilot (documentação clínica)

Ferramentas como o Dragon Ambient e o Microsoft Copilot utilizam processamento de linguagem natural (NLP) para transcrever e resumir automaticamente consultas médicas. Já implementados por radiologistas para gerar relatórios e otimizar comunicação com pacientes, esses sistemas geram ganhos de tempo e reduzem o custo operacional sem substituir os profissionais.

4. Biofourmis & Apple Watch (monitoramento remoto)

Soluciona problemas de doenças crônicas com ferramentas de monitoramento à distância. Por exemplo, a Biofourmis desenvolveu plataforma Biovitals, aprovada pela FDA, que monitora sinais vitais por sensores e prevê deteriorações de saúde. Já o Apple Watch — com ECG embutido — detecta fibrilação atrial e gera alertas em tempo real, ajudando a prevenir AVCs.

5. PathAI (patologia com IA)

A PathAI usa redes neurais para analisar lâminas de biópsia digitalizadas, identificando estruturas tumorais e graduando tipos de câncer com maior precisão. O objetivo é reduzir diagnósticos incorretos, acelerar análises e apoiar decisões terapêuticas personalizadas.

6. Exscientia (descoberta de medicamentos)

Startup referência em IA para design de medicamentos, a Exscientia usa modelos de deep learning para identificar compostos promissores com rapidez incomparável. Suas parcerias com gigantes farmacêuticas têm acelerado a criação de novos tratamentos, reduzindo tempo e custo em fases iniciais de testes pré-clínicos.

Parcerias e investimento gigantes

Gigantes tecnológicos como Amazon, Nvidia e Microsoft também estão investindo pesadamente em IA na saúde: Amazon integra IA em farmácias e gestão clínica; Nvidia colabora com GE e startups de imagem; Microsoft usa Nuance para automação hospitalar baseada em nuvem.

Por que isso é revolucionário?

  • Diagnósticos mais rápidos: redução de horas de espera por exames e respostas médicas – crucial em AVC, trauma e câncer.

  • Economia de tempo clínico: profissionais médicos se dedicam mais ao cuidado, menos à burocracia.

  • Cuidados personalizados: intervenções customizadas por IA, desde a prescrição médica até testes clínicos avançados.

  • Prevenção e monitoramento: IA domiciliar e vestível gera alertas antecipados, reduzindo internações.

Desafios e futuro

Apesar dos avanços, ainda há barreiras regulatórias (como padronização pela FDA), preocupações com vieses de dados, interoperabilidade entre sistemas de saúde e validação clínica em larga escala. Porém, a tendência é clara: nos próximos cinco anos, estima-se que a IA seja uma parceira cotidiana nos hospitais, consultórios e centros de pesquisa .

A IA na saúde já ultrapassou o campo dos protótipos e atua diretamente no cuidado clínico, diagnóstico e pesquisa. Plataformas como Aidoc, Viz.ai, Dragon DAX, Biofourmis, PathAI e Exscientia não só melhoram eficiência e precisão — algumas já salvam vidas diariamente. O comprometimento de grandes empresas e centros de pesquisa amplia ainda mais seu potencial, embora ajustes regulatórios e de dados sejam fundamentais para garantir segurança, equidade e eficácia.

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