SUS passará a ofertar transplante de membrana amniótica no tratamento de queimaduras no Brasil

Procedimento inovador acelera a cicatrização, reduz infecções e dores e representa avanço histórico no cuidado humanizado de vítimas de queimaduras.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, vai incorporar, pela primeira vez, o transplante de membrana amniótica como terapia no tratamento de pacientes com queimaduras. A decisão foi oficializada por meio de portaria publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União e representa um marco na oferta de tratamentos regenerativos pela rede pública de saúde.

A medida, aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) no dia 9 de maio, tem como objetivo proporcionar cicatrização mais rápida, alívio da dor e prevenção de infecções e sequelas em pacientes com lesões cutâneas graves.

“A membrana amniótica é um curativo muito potente. Além de promover a cicatrização, atuará no alívio da dor, o que representa uma humanização do tratamento. É um avanço gigantesco”, afirmou Patrícia Freire, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Como funciona o tratamento?

A membrana amniótica é o tecido que reveste internamente a bolsa que envolve o feto durante a gestação. Esse material é coletado após o parto, com o consentimento das mães doadoras, e possui propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e cicatrizantes.

No caso de queimaduras, a membrana funciona como uma barreira protetora contra agentes infecciosos, além de reduzir o risco de cicatrizes hipertróficas e queloides — complicações comuns em casos graves.

Implementação e próximos passos

Com a publicação da portaria, o Ministério da Saúde terá até 180 dias para estruturar e efetivar a oferta do procedimento no SUS. Já os critérios para seleção das doadoras serão estabelecidos no novo Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, previsto para setembro deste ano.

Inovações no Sistema Nacional de Transplantes

Nos últimos 100 dias, o Ministério da Saúde tem promovido uma série de avanços no Sistema Nacional de Transplantes. Além da nova terapia com membrana amniótica, destacam-se:

  • Inclusão dos transplantes de intestino delgado e multivisceral na Tabela SUS;

  • Criação do procedimento de ecocardiograma para doador de coração;

  • Reajuste nos valores de líquidos de preservação de órgãos;

  • Atualização nos procedimentos de reabilitação em falência intestinal;

  • Formação das 13 Câmaras Técnicas Nacionais de Transplantes, que abordam desde doação e captação de órgãos até ética e compatibilidade.

Com essa iniciativa, o SUS amplia seu compromisso com a inovação, o cuidado humanizado e a democratização do acesso a tecnologias de ponta no tratamento de lesões graves.

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