Ordem do presidente mira grupos que, segundo ele, se beneficiam de dinheiro público para promover tumultos.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Donald Trump decidiu apertar o cerco contra organizações que, segundo ele, estariam por trás de protestos violentos em várias cidades do país. O presidente norte-americano ordenou neste sábado (28) a interrupção imediata de qualquer repasse federal para entidades suspeitas de ligação com distúrbios.
Na visão de Trump, grupos radicais estariam usando recursos do governo para financiar manifestações que acabam em destruição de patrimônio, gerando ainda mais despesas públicas. “A Lei ‘Sem imposto para distúrbios’, apresentada pelo deputado Kevin Kiley, deve ser aprovada imediatamente. Enquanto isso, instruo meu governo a suspender qualquer pagamento a esses grupos radicalizados, com ou sem a sanção legislativa”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
A proposta do deputado Kevin Kiley vem na esteira dos protestos em Los Angeles, que reuniram manifestantes contrários às ações migratórias do ICE. O projeto proíbe benefícios fiscais e libera cortes de verba para ONGs que, de alguma forma, apoiem ou organizem atos considerados ilegais. Além disso, endurece penas para quem enfrentar agentes federais ou tentar impedir operações migratórias.
Trump também chamou atenção para o fato de essas organizações, de acordo com ele, buscarem novos repasses após os próprios tumultos. “Chega de dinheiro!”, disparou o presidente, reforçando a crítica a ONGs que, na sua avaliação, lucram com o caos.
Um caso específico citado por Kiley é o da Coalizão pelos Direitos Humanos dos Imigrantes de Los Angeles (CHIRLA). O deputado apontou que a entidade recebeu mais de 30 milhões de dólares em fundos públicos, apesar de ter histórico de oposição ao ICE e de supostamente ter contribuído com a organização de protestos ao divulgar informações sobre fiscalizações em andamento. A CHIRLA, por sua vez, nega qualquer participação nos atos recentes, mas está sob investigação de um comitê da Câmara liderado por republicanos.
Com a ordem, Trump demonstra que pretende agir mesmo sem a aprovação final da lei, mantendo sua postura de endurecimento em temas ligados à segurança e ao uso do dinheiro público. A expectativa é de que a medida gere novos embates no Congresso, especialmente entre republicanos e democratas.
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