Entendimento encerra guerra de tarifas e reforça discurso de Trump em defesa da indústria americana.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Após meses de tensão, Estados Unidos e China chegaram a um consenso que promete encerrar a longa disputa comercial entre os dois gigantes econômicos. A confirmação foi feita pelo Ministério do Comércio chinês nesta sexta-feira (27.jun.2025), colocando fim a restrições que afetavam setores-chave da economia norte-americana.
Segundo um representante do governo chinês, “depois das conversas de Londres, as equipes de ambos os lados mantiveram comunicação próxima. Recentemente, ambos os lados confirmaram os detalhes da estrutura [do acordo]”. O entendimento foi costurado em duas etapas: primeiro, em Genebra, com o adiamento de tarifas, e depois, em Londres, onde se fechou o esboço final.
Enquanto isso, na Casa Branca, o presidente Donald Trump comemorou a vitória para sua estratégia econômica. Ao falar para apoiadores na noite de quinta-feira (26.jun), o republicano limitou-se a dizer: “acabamos de assinar com a China outro dia”, mostrando confiança sem revelar detalhes antecipadamente.
Autoridades do governo norte-americano ressaltam que o pacto representa um impulso para setores dependentes de terras raras — insumos fundamentais para indústrias de alta tecnologia, defesa e produção automotiva. Um funcionário da Casa Branca reforçou o contexto, afirmando que “o governo [dos EUA] e China concordaram com um entendimento adicional para uma estrutura de implementação do acordo de Genebra”.
Em entrevista à Bloomberg, o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, confirmou que tudo foi “assinado e selado” dois dias antes, fortalecendo a narrativa de que Washington assegurou um fluxo estável de materiais estratégicos para sua indústria. Lutnick detalhou que o novo entendimento trata de “como implementar a aceleração de envios de terras raras para os EUA novamente”.
A retaliação chinesa vinha prejudicando cadeias de produção desde abril, quando o país asiático interrompeu exportações de minerais e ímãs usados por montadoras, empresas de tecnologia e fornecedores do setor militar. Agora, com o compromisso formal, “o lado norte-americano cancelará correspondentemente uma série de medidas restritivas contra a China”, confirmou o porta-voz de Pequim.
Para a equipe de Trump, o desfecho reforça o argumento de que a pressão firme traz resultados concretos para a economia americana. Além de garantir o abastecimento de recursos críticos, o acordo abre espaço para novas parcerias comerciais e reduz incertezas que afetavam investidores.
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