Brasil e o mundo enfrentam desafio de eliminar hepatite até 2030: Dia Mundial destaca barreiras e necessidade de ação urgente

Com 304 milhões de casos crônicos e 1,3 milhão de mortes por ano, hepatite viral é comparada à tuberculose em impacto global; vacinação infantil e acesso ao tratamento são principais focos da campanha da OMS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Neste 28 de julho, é celebrado o Dia Mundial da Hepatite, data que tem como principal objetivo mobilizar governos, profissionais de saúde e a população sobre os perigos da hepatite viral crônica e a urgência em eliminar as barreiras que impedem sua prevenção e tratamento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, cerca de 304 milhões de pessoas viviam com hepatite B e C crônica no planeta. Ainda assim, apenas 10% dos infectados sabiam que tinham a doença, o que evidencia o desafio de diagnóstico e acesso ao cuidado. No mesmo ano, a hepatite foi responsável por 1,3 milhão de mortes, número comparável ao da tuberculose, uma das doenças infecciosas mais letais do mundo.

Tema de 2025: “Hepatite – Vamos Decompô-la”

A campanha deste ano, sob o lema “Hepatite – Vamos Decompô-la”, tem como foco a eliminação de barreiras sistêmicas, financeiras e sociais que dificultam o acesso à vacinação, diagnóstico e tratamento. O estigma associado à doença e a desigualdade no acesso aos serviços de saúde são apontados como fatores centrais que precisam ser combatidos com urgência.

“A hepatite continua se espalhando silenciosamente. Precisamos ampliar o diagnóstico precoce, garantir a imunização infantil e facilitar o acesso ao tratamento”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em nota oficial.

Vacinação salva vidas

Um dos pilares do combate à hepatite B é a vacinação nas primeiras 24 horas após o nascimento. No entanto, dados da OMS revelam que menos da metade (45%) dos recém-nascidos no mundo receberam essa dose crucial em 2022.

A vacina contra hepatite B é altamente eficaz e pode reduzir drasticamente o risco de cirrose e câncer de fígado na vida adulta. Além disso, práticas seguras como o uso de seringas descartáveis, rastreamento de sangue e relações sexuais protegidas são fundamentais para evitar a propagação da doença.

Metas para 2030: compromisso global

A OMS estabeleceu como meta eliminar a hepatite viral como problema de saúde pública até 2030. Isso inclui a redução de 90% nas novas infecções e diminuição de 65% nas mortes relacionadas à doença.

Para isso, a agência da ONU defende investimentos em testagem rápida, tratamentos acessíveis e integração dos cuidados com outras doenças infecciosas, como HIV e tuberculose.

Cenário no Brasil

O Brasil tem avançado na vacinação contra hepatite B, que está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as faixas etárias. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de campanhas mais amplas de conscientização, especialmente em regiões mais vulneráveis e com baixos índices de cobertura vacinal.

O Ministério da Saúde reforça que qualquer pessoa pode se vacinar, e o esquema inclui três doses, aplicadas em intervalos definidos. A testagem também está disponível nos centros de saúde e deve ser incentivada para todas as pessoas com comportamento de risco ou histórico familiar da doença.

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