
Suspeito teria escondido o corpo da vítima em um imóvel em obras na Zona Norte da capital fluminense. Caso é tratado como feminicídio e ocultação de cadáver.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Um comerciante de 42 anos foi formalmente indiciado, nesta segunda-feira (1º), pela morte de uma jovem de 18 anos, cujo corpo foi localizado dentro de uma obra no bairro da Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O caso, que gerou forte comoção na comunidade, está sendo tratado como feminicídio com ocultação de cadáver.
Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o corpo da vítima foi encontrado enrolado em uma lona azul, em um imóvel em reforma que pertence ao principal suspeito. A identificação da jovem confirmou tratar-se de Marcelle Júlia Araújo da Silva, que estava desaparecida desde o início de junho.
Conforme relato dos agentes envolvidos no caso, o comerciante chegou a confessar o crime nos primeiros momentos do interrogatório, mas optou por ficar em silêncio após o comparecimento de seu advogado, exercendo o direito garantido por lei.
Além do indiciamento do comerciante, um outro homem — que vivia no mesmo endereço e teria presenciado a ação sem prestar qualquer socorro — também foi responsabilizado por omissão de socorro. Ambos são de nacionalidade chinesa.
O desaparecimento de Marcelle mobilizou familiares e amigos, que divulgaram apelos nas redes sociais em busca de informações. A descoberta do corpo, mais de uma semana depois, foi recebida com indignação e dor pela comunidade local.
De acordo com a investigação, há indícios de que a obra onde o corpo foi encontrado foi utilizada de forma premeditada para ocultar o crime. A natureza da relação entre a vítima e o suspeito ainda está sendo apurada, mas há indícios de que ambos se conheciam.
O inquérito destaca elementos que apontam para motivações ligadas ao gênero, o que configura o crime como feminicídio, conforme prevê a legislação brasileira. A Polícia Civil segue investigando se houve participação de terceiros ou tentativa de encobrir o assassinato.
Até o momento, não foi confirmado se o suspeito permanecerá preso durante a conclusão das investigações. Familiares da vítima cobram justiça e transparência no andamento do caso.
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