Brasil lança Centro de Competência em RNA mensageiro para impulsionar produção de vacinas e medicamentos

Foto: João Risi/MS
Governo destina R$ 450 milhões para autonomia tecnológica na área da saúde e fortalecimento do SUS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Brasil deu um importante passo rumo à independência tecnológica na produção de vacinas ao abrir chamada pública para credenciar o primeiro Centro de Competência em tecnologias de RNA mensageiro (mRNA) do país. A iniciativa, anunciada durante o evento Saúde Estratégica Brasil – Américas, promoverá a soberania científica com investimento de R$ 450 milhões.

 Sobre o centro e suas metas

Com financiamento inicial de R$ 60 milhões, o novo centro terá papel central no desenvolvimento nacional de vacinas e terapias inovadoras baseadas em mRNA, tecnologia consagrada durante a pandemia da COVID‑19. Diferente de vacinas tradicionais, essa abordagem ensina o organismo a produzir proteínas do vírus sem necessidade de exposição direta ao agente infeccioso.

O objetivo é engajar startups, universidades, empresas e institutos de pesquisa — tanto no Brasil quanto no exterior — para desenvolver imunizantes prioritários para as Américas, oferecer suporte técnico e capacitar outras instituições da região.

 Apoio institucional e estratégico

A execução do projeto será feita pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), alinhando-se à Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis).

O ministério da Saúde e o MCTI oferecerão mais R$ 30 milhões para criar seis novas Unidades Embrapii em áreas estratégicas — como biofármacos, dispositivos médicos e saúde digital — totalizando até R$ 240 milhões com contrapartidas de empresas e instituições parceiras.

 Parcerias com Butantan e Fiocruz

Além do centro nacional, o Ministério da Saúde já investe no uso da tecnologia de mRNA em plataformas do Instituto Butantan e da Fiocruz, que avançam na produção de vacinas com essa tecnologia no Brasil.

 Outro aporte estratégico

O governo federal também destinou R$ 300 milhões via Finep e MCTI para subvenções a projetos de inovação na saúde — com foco em insumos farmacêuticos, terapias avançadas e dispositivos de alto impacto para o SUS. Os recursos visam reduzir dependência externa e fortalecer a pesquisa clínica em várias regiões do país.

 Ciência para fortalecer o SUS

Em paralelo, o programa Conhecimento Brasil do CNPq vai captar cerca de R$ 604 milhões em bolsas para atrair pesquisadores brasileiros e estrangeiros no exterior, incentivando redes científicas no país — inclusive em saúde.

O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, reforçou que “a capacidade crescente de produzir na América Latina será fundamental para garantir o acesso a medicamentos, vacinas e tecnologias de saúde”

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