Adolescente indígena venezuelana não fez pré-natal e chegou em estado gravíssimo ao hospital; caso é investigado como estupro de vulnerável.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Uma menina de 12 anos, grávida de oito meses, morreu durante um parto de emergência no último domingo (13), em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. O bebê sobreviveu e está internado em estado estável, segundo a prefeitura do município.
A adolescente era integrante de uma comunidade indígena venezuelana que vive na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ela não realizou acompanhamento pré-natal na rede pública.
Primeiro atendimento e agravamento do quadro
Segundo a prefeitura, a jovem procurou atendimento pela primeira vez no dia 10 de julho, em uma unidade básica de saúde, acompanhada da mãe e da tia. A adolescente se recusou a responder às perguntas da equipe médica, mas a tia relatou que ela apresentava enjoos.
Após avaliação clínica, ela foi medicada e teve exames pré-natais agendados para a segunda-feira seguinte (14). No entanto, o quadro se agravou rapidamente.
Na última sexta-feira (11), ela foi levada pelos pais ao Centro Materno-Infantil de Betim em estado gravíssimo. A adolescente foi internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva), mas não resistiu. A causa da morte foi identificada como choque refratário, uma condição grave em que o corpo não responde a tratamentos de reanimação, mesmo em cuidados intensivos.
Situação do bebê
Apesar da gravidade do caso, o bebê sobreviveu ao parto e permanece internado, em estado estável, sob cuidados médicos.
Investigação e assistência
A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para investigar o caso, que está sendo tratado como estupro de vulnerável, crime previsto quando há relação sexual com menores de 14 anos, independentemente de consentimento. A identidade do pai do bebê não foi divulgada.
O município informou que acionou o Conselho Tutelar e o Ministério Público, além de oferecer apoio psicológico à família.
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