Brasil: Polícia Civil fecha laboratório clandestino que vendia tirzepatida para emagrecimento em Belo Horizonte

Três homens são presos por manipular e comercializar canetas injetáveis com tirzepatida, medicamento de uso restrito. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta terça-feira (15/07), uma operação que resultou na desativação de um laboratório clandestino voltado à produção e venda irregular de substâncias utilizadas para emagrecimento. A ação ocorreu na região Leste de Belo Horizonte, onde três suspeitos foram detidos em flagrante.

Segundo os investigadores, o grupo manipulava e comercializava ampolas injetáveis contendo tirzepatida, princípio ativo encontrado em medicamentos como o Mounjaro, que é de uso controlado e exige prescrição médica com retenção da receita. O produto estava sendo vendido sem qualquer autorização da Anvisa e sem nota fiscal.

O laboratório operava em uma residência onde foram encontrados equipamentos de manipulação farmacêutica, como frascos, seringas, caixas térmicas, etiquetas e ampolas já prontas para entrega. Um cômodo foi identificado como escritório de vendas, possivelmente utilizado para distribuição em larga escala das “canetas” adulteradas, sem qualquer controle de qualidade.

A PCMG informou que os presos — de 25, 34 e 58 anos — foram autuados por crime previsto no artigo 273 do Código Penal, referente à falsificação, adulteração ou corrupção de produtos medicinais, cuja pena pode ultrapassar 10 anos de reclusão.

A venda indiscriminada de substâncias como a tirzepatida sem supervisão médica pode gerar efeitos colaterais graves, além de representar um risco elevado à saúde da população. A substância tem sido procurada por seus efeitos na redução do apetite e controle glicêmico, o que tem impulsionado o seu uso indevido como “milagre do emagrecimento”.

A operação foi coordenada pela 1ª Delegacia de Combate ao Narcotráfico, que dará prosseguimento às investigações para identificar fornecedores, compradores e a possível participação de profissionais da saúde. A PCMG reforça o alerta à população para não adquirir medicamentos sem prescrição e denunciar práticas suspeitas às autoridades.

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