
Operação ocorre em cinco estados e mira grupo investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro; líder está foragido há mais de uma década.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma operação de grande porte foi deflagrada nesta segunda-feira (14) com o objetivo de desmontar uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de cocaína e na ocultação de valores obtidos com o crime. A ofensiva é conduzida pela Polícia Federal, com apoio de forças de segurança estaduais e municipais, e está em andamento simultaneamente em cinco estados do país: Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
Foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária contra alvos ligados à quadrilha. As investigações revelaram que o grupo utilizava caminhões frigoríficos, carregados com carne bovina, para ocultar o transporte da droga. Os veículos saíam do Centro-Oeste com destino ao Sudeste, em uma rota planejada para dificultar a detecção do entorpecente.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema vinha sendo monitorado há meses e envolvia uma logística sofisticada, com pontos de apoio e células de distribuição em diferentes cidades. Entre os investigados está o principal articulador da organização, considerado um dos nomes mais experientes do tráfico nacional. Ele está foragido há mais de 13 anos e já possui condenações anteriores por crimes relacionados ao comércio ilegal de drogas.
A quadrilha teria atuação predominante no Espírito Santo, sendo apontada como uma das principais responsáveis pelo fornecimento de cocaína em municípios da Região Metropolitana, como Cariacica, Viana e Guarapari. O entorpecente era distribuído em larga escala, abastecendo redes de tráfico locais e pontos de venda em áreas urbanas e periféricas.
A operação, batizada de “Sangue Frio”, faz alusão à técnica usada pela organização para esconder a cocaína entre cargas de produtos perecíveis, apostando no aspecto refrigerado como distração para fiscalizações. Durante o cumprimento dos mandados, agentes realizaram buscas em residências, galpões e empresas ligadas aos investigados, com apreensão de documentos, dispositivos eletrônicos e veículos.
Participam da ação policiais civis e militares, além de guardas municipais e equipes táticas da segurança penitenciária. A investigação segue em curso, e os materiais apreendidos serão analisados para reforçar o inquérito policial. Novas prisões não estão descartadas.
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