Suspeito foi preso em flagrante por explorar trabalhadores paraguaios sem registro e alojados em ambiente insalubre.
Ana Raquel|GNEWSUSA
Uma ação integrada da Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFROn) resultou na prisão de um homem nesta quarta-feira (23), no interior do Paraná, acusado de empregar trabalhadores paraguaios em situação irregular e degradante em uma plantação de mandioca no município de Perobal.
De acordo com a investigação, os trabalhadores foram recrutados ainda no Paraguai e trazidos ao Brasil sem registro formal de trabalho, sendo submetidos a condições que ferem a legislação trabalhista brasileira. As denúncias recebidas pelo MPT apontavam jornadas exaustivas, ausência de direitos e moradias precárias como parte da realidade enfrentada pelas vítimas.
Na propriedade, 14 paraguaios foram encontrados em situação de vulnerabilidade, vivendo em estruturas improvisadas, sem acesso adequado à água, saneamento básico ou equipamentos de proteção. A fiscalização também constatou que os trabalhadores recebiam menos que o piso da categoria e não tinham qualquer vínculo formal com o empregador brasileiro.
O responsável pela fazenda foi detido no local e conduzido à delegacia da Polícia Federal. Ele deverá responder por redução de pessoas à condição análoga à de escravo, conforme previsto no artigo 149 do Código Penal, além de outras possíveis infrações trabalhistas e migratórias.
As investigações prosseguem para apurar a existência de outros envolvidos no esquema de aliciamento e possíveis conexões com propriedades da região que utilizem práticas semelhantes.
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