
Desempenho de clubes brasileiros no Mundial de Clubes reforça posição do campeonato nacional no cenário global.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O bom momento do futebol brasileiro nos torneios internacionais tem refletido também em estudos especializados. Uma pesquisa da empresa de inteligência esportiva Twenty First Group apontou a Série A do Campeonato Brasileiro como a sexta melhor liga de futebol do mundo e a segunda mais equilibrada, ficando atrás apenas da Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos, no quesito competitividade.
O levantamento considerou dados econômicos, desempenho técnico dos clubes e equilíbrio entre as equipes. O destaque recente de Fluminense, Palmeiras, Botafogo e Flamengo na Copa do Mundo de Clubes foi um dos fatores que reforçaram a posição do Brasileirão no estudo.
“Classificamos a Série A do Brasil como a sexta melhor liga do mundo atualmente. Por isso, já esperávamos que os clubes brasileiros fossem competitivos antes do torneio”, afirmou Aurel Nazmiu, cientista de dados sênior do Twenty First Group.
Equilíbrio como diferencial
A pesquisa utilizou um modelo que avalia a força das ligas a partir da média de colocação dos clubes em rankings globais. No caso do Brasileirão, o diferencial está na competitividade: a diferença entre os times do topo e os da parte inferior da tabela é menor do que a observada em outras ligas tradicionais.
Segundo o estudo, mesmo clubes como Juventude, atual penúltimo colocado do campeonato, conseguem manter um nível competitivo relativamente próximo ao de equipes como Palmeiras e Flamengo. Isso contribui para jogos mais equilibrados e uma liga mais disputada.
Ranking das melhores ligas (qualidade técnica)
- Premier League (Inglaterra)
- LaLiga (Espanha)
- Bundesliga (Alemanha)
- Serie A (Itália)
- Ligue 1 (França)
- Brasileirão (Brasil)
Ranking das ligas mais equilibradas (competitividade)
- MLS (Estados Unidos)
- Brasileirão (Brasil)
O estudo destaca que o alto grau de equilíbrio da MLS se deve ao seu modelo com teto salarial e distribuição igualitária de receitas, o que reduz a disparidade entre os clubes. Já no Brasil, mesmo sem mecanismos como o teto, o nível de investimento dos clubes médios cresceu, encurtando a distância para os grandes.
Ligas mais desiguais
Na contramão, a Liga Saudita aparece entre as cinco mais desiguais do mundo. De acordo com Nazmiu, o Al-Hilal, clube com maior investimento do país, está muito à frente dos concorrentes locais, ocupando atualmente a 132ª posição no ranking global, enquanto a liga saudita como um todo é apenas a 50ª colocada em qualidade.
Brasileiros em destaque no cenário internacional
A boa fase dos clubes brasileiros no Mundial de Clubes ajudou a reforçar a avaliação positiva da Série A. O Fluminense, que avançou à semifinal, foi citado como exemplo de força do futebol sul-americano.
“Vamos representar bem a América do Sul e colocar o nosso futebol no topo”, declarou o meia Arias, do Fluminense.
Outro nome de peso que movimenta a competição é o zagueiro Thiago Silva, que volta a disputar uma semifinal internacional, agora com a camisa tricolor. Além disso, o técnico Davide Ancelotti, recém-chegado ao Botafogo, também atrai olhares internacionais e valoriza ainda mais o campeonato.
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