Clube alvinegro pede punição à conduta discriminatória de torcedores rivais e questiona a ausência de registro do árbitro Anderson Daronco na súmula da partida.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Corinthians protocolou uma denúncia junto à CBF, ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e à Federação Paulista de Futebol (FPF), após identificar cânticos homofóbicos entoados por torcedores do São Paulo durante o clássico do último sábado (19), no Morumbis, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O episódio teria ocorrido nos minutos finais da partida, vencida pelo São Paulo por 2 a 0. De acordo com o ofício enviado, assinado pelo presidente interino Osmar Stabile e pelo superintendente jurídico Leonardo Pantaleão, os gritos da torcida tricolor direcionaram ofensas com teor homofóbico a ex-jogadores do Corinthians, como Ronaldo, Emerson Sheik e Vampeta.
Árbitro não citou o episódio na súmula
O árbitro Anderson Daronco não registrou os cânticos na súmula do jogo. Após a partida, em entrevista, afirmou que não ouviu as manifestações vindas das arquibancadas. A ausência de relato na súmula desagradou a diretoria do Corinthians, que pede providências das entidades esportivas.
“O Corinthians, por meio deste ofício, encaminha o presente expediente a fim de que a conduta infratora praticada pelos torcedores da equipe mandante possa ser devidamente registrada, visando à responsabilização pelos atos transgressores”, diz o documento enviado pelo clube.
O clube ainda manifestou, formalmente, sua indignação com os atos discriminatórios e espera uma resposta firme das autoridades esportivas:
“O Corinthians manifesta sua mais veemente inconformidade e indignação com referidas condutas discriminatórias, e confia que o STJD adotará medidas exemplares para punir os envolvidos e prevenir novos episódios lamentáveis como este.”
Relembre: Corinthians já foi punido por caso semelhante
Em junho de 2023, o próprio Corinthians foi punido pelo STJD com perda de mando de campo e portões fechados, após cânticos homofóbicos de sua torcida em clássico contra o São Paulo, realizado em maio daquele ano. Agora, o clube cobra isonomia e rigor das autoridades.
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