Dinamarca lidera taxa de emprego para imigrantes de países fora do bloco da União Europeia

Um levantamento do Serviço de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) aponta que 71,4% dos imigrantes de países de fora da União Europeia estavam empregados na Dinamarca em 2024.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

A Dinamarca atingiu a maior taxa de emprego da União Europeia (UE) para imigrantes vindos de países fora do bloco. Dados do Serviço de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) apontam que 71,4% dessa parcela da população estava empregada em 2024, um índice que supera a média europeia, de 65,3%.

Analisado pela Fundação Rockwool de Berlim, o estudo ainda revela que o desempenho dos imigrantes na Dinamarca se aproxima da população nativa, reiterando a força do trabalho de estrangeiros como pilar essencial da economia do país. Entretanto, apesar do avanço, especialistas alertam para uma desigualdade de gênero. Enquanto 74% dos homens vindos de fora da UE estão empregados, esse índice não passa de 56% no caso das mulheres.

Na avaliação do diretor da Associação de Empregadores Dinamarquesa, Jacob Holbraad, a integração da mão de obra imigrante ao mercado de trabalho é positiva. “Com a escassez de mão de obra no país, os funcionários internacionais tornaram-se de crucial importância para as empresas e a economia dinamarquesa nos últimos anos”, considera.

Enquanto outros países da Europa adotam medidas para dificultar o visto de trabalho, o governo da Dinamarca optou por reduzir o valor mínimo anual de salário exigido para a concessão do documento. O teto que era de 514 mil coroas dinamarquesas caiu para 300 mil coroas dinamarquesas, o equivalente a R$ 262 mil. Contudo, essa medida vale apenas para cidadãos de 16 países estratégicos para os negócios dinamarqueses, incluindo o Brasil.

Nesse novo sistema, o governo vem atuando para coibir práticas abusivas, exigindo que os empregadores tenham pelo menos 10 funcionários fixos e não estejam sob sanções da Autoridade de Meio Ambiente do Trabalho. Também foi determinado que todos os profissionais em obras de grande porte tenham uma carteira de identidade visível para fins de fiscalização das condições de trabalho.

Para a ministra do Emprego, Ane Halsboe-Jørgensen, a Dinamarca precisa de mão de obra estrangeira qualificada, oferecendo boas condições de trabalho. “Os trabalhadores devem ser contratados em condições justas e com segurança no trabalho. Por isso, só empresas com acordos coletivos poderão participar do novo regime”, disse.

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