Enviado dos EUA vai a Kiev e reforça laços militares em resposta a ataques russos

Retomada do envio de armas e presença de Keith Kellogg fortalecem posição americana na defesa da Ucrânia.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Na próxima semana, a cooperação entre Estados Unidos e Ucrânia ganhará um reforço de peso. O general Keith Kellogg, enviado especial de Washington, desembarca em Kiev para uma série de encontros com a alta cúpula militar ucraniana. A movimentação mostra que os EUA seguem firmes na estratégia de conter o avanço russo.

Depois de dias de incerteza, o presidente Volodymyr Zelensky confirmou que o fornecimento de armamentos voltou a fluir. “De acordo com todos os relatos, as entregas foram retomadas. Atualmente, estamos trabalhando com parceiros em novos suprimentos, aumento da produção de armas na Ucrânia e melhor apoio ao nosso Exército”, disse ele, destacando a prioridade em reforçar as linhas de defesa.

Com ataques russos se intensificando, principalmente durante a noite, o apoio logístico americano tem sido essencial. Zelensky detalhou as frentes onde a situação é mais crítica, ressaltando que a resistência continua em áreas estratégicas como Sumy, Kharkiv e Donetsk.

Enquanto os bombardeios persistem, a articulação política também avança. O líder ucraniano enfatizou que novos acordos estão em negociação com parceiros europeus e que medidas de pressão sobre Moscou devem se intensificar em breve. “Na próxima semana, continuaremos trabalhando com os EUA em nível militar, inclusive entre nossas Forças Armadas e o General Kellogg. Também estamos preparando novos pacotes de defesa europeus. Esperamos sanções severas em breve, incluindo sanções contra a Rússia por esta guerra. A pressão precisa funcionar.”

A visita de Kellogg foi confirmada pelo próprio general em entrevista à imprensa local. “Estaremos em Kiev na segunda-feira. Estaremos lá a semana toda.” O anúncio foi feito durante uma conferência sobre a Ucrânia, em Roma, indicando a forte presença diplomática e militar americana na região.

Além do envio de reforços, o presidente Donald Trump sinalizou que a Otan seguirá como canal de apoio para o repasse de armamentos a Kiev. O líder americano ainda prometeu uma atualização sobre a postura de Washington em relação a Moscou já na segunda-feira.

Enquanto isso, o Kremlin mantém sua ofensiva. Tropas russas avançaram sobre vilarejos no leste, como Zelena Dolyna, próximo de cidades estratégicas para o conflito. Mesmo assim, com o suporte militar americano, a Ucrânia aposta em resistência e articulação internacional para ampliar as defesas e conter a pressão inimiga.

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