
Washington cogita dobrar tarifas, agir junto à Otan e aplicar bloqueios; avisos já foram enviados a aliados de Bolsonaro.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Autoridades do governo dos Estados Unidos deixaram claro a nomes próximos de Jair Bolsonaro que o bloqueio de vistos para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não deve ser o único recado.
De acordo com um membro do governo americano, que falou a bolsonaristas, “o Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21”. A frase resume o tom adotado nos bastidores, indicando que as tensões não devem arrefecer tão cedo.
Donald Trump, por sua vez, demonstrou irritação com a mais recente decisão do Supremo brasileiro de autorizar medidas contra Bolsonaro. Segundo aliados, o presidente afirmou que “todas as opções estão na mesa” e comparou a ação a uma “declaração de guerra” não só contra ele, mas também contra os Estados Unidos.
Entre as medidas em discussão estão o aumento de tarifas comerciais, que podem saltar de 50% para 100% em algumas operações, restrições no uso de tecnologia como satélites e GPS, além de punições conjuntas em parceria com a Otan.
Outra possibilidade seria enquadrar Moraes e outros magistrados na Lei Magnitsky, legislação que fecha portas para transações financeiras no exterior e atinge diretamente bens e movimentações de pessoas acusadas de violar princípios democráticos ou direitos humanos.
Enquanto isso, aliados de Bolsonaro avaliam como responder a um possível endurecimento de sanções, temendo que o governo Lula adote uma postura passiva e exponha ainda mais a economia nacional às pressões vindas de Washington.
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