Europa Ocidental enfrenta junho mais quente da história, com termômetros ultrapassando os 46 °C

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Segundo o serviço europeu Copernicus, temperaturas chegaram a 46°C em partes de Portugal e Espanha. Índice térmico ao norte de Lisboa atingiu 48°C, considerado nível de estresse extremo para o corpo humano.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

O mês de junho de 2025 entrou para a história como o mais quente já registrado na Europa Ocidental. Segundo o programa europeu Copernicus, especializado em mudanças climáticas, duas intensas ondas de calor atingiram a região: a primeira entre os dias 17 e 22, e a segunda a partir do dia 30.

De acordo com a climatologista Samantha Burgess, os eventos foram “excepcionais” e evidenciam uma tendência preocupante de aumento na frequência e intensidade das ondas de calor com o avanço do aquecimento global. Em países como Espanha e Portugal, os termômetros chegaram a 46 °C. Já na região ao norte de Lisboa, o Índice Climático Térmico Universal atingiu os 48 °C, um nível extremo de estresse térmico para os seres humanos.

Além das altas temperaturas em terra firme, o Mar Mediterrâneo também bateu recordes: uma onda de calor marinha elevou a temperatura da superfície para 27 °C — a maior já registrada —, elevando a umidade do ar e dificultando o resfriamento noturno nas áreas costeiras.

Globalmente, junho de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado, ficando atrás apenas dos meses de junho de 2024 e 2023. Dados do Copernicus mostram que cerca de 790 milhões de pessoas, em 12 países, enfrentaram o junho mais quente de suas vidas.

Um relatório publicado em abril, pelo Copernicus em conjunto com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), já havia alertado para o agravamento do calor na Europa: quase metade do continente bateu recordes de temperatura em 2024, e 60% das regiões enfrentaram mais dias sob estresse térmico intenso que a média histórica.

Acrópole fecha temporariamente por calor extremo

Na Grécia, o calor recorde também afetou o turismo. O Ministério da Cultura anunciou o fechamento temporário da Acrópole de Atenas, um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, devido à previsão de temperaturas entre 41 °C e 42 °C.

O acesso ao Partenon e a outros monumentos foi suspenso das 13h às 17h (horário local). A decisão visa proteger os visitantes e trabalhadores, diante do calor extremo que já fez o local ser fechado por longos períodos nos verões anteriores.

A Defesa Civil grega também emitiu alertas para risco elevado de incêndios nas regiões próximas a Atenas, centro e sul do país. A expectativa é que a onda de calor comece a perder força apenas na quinta-feira.

Em 2024, a Acrópole bateu recorde de visitação, com 4,5 milhões de turistas — número 15% maior do que o registrado em 2023.

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