Ex-secretário de Lula choca o país ao pedir guilhotina para família Justus

Professor aposentado da UFRJ usou as redes para incitar violência, expondo mentalidade radical que marca sua trajetória ligada ao PT.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Um ex-integrante do governo Lula voltou aos holofotes ao defender guilhotina para a família Justus. Marcos Dantas Loureiro, que ocupou cargos no Ministério da Educação e no Ministério das Comunicações no primeiro mandato de Lula, provocou indignação ao atacar o empresário Roberto Justus e sua filha de apenas cinco anos.

Apesar de ter passado anos como professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de ter assinado textos acadêmicos, Dantas ganhou repercussão nacional não por qualquer contribuição relevante, mas por um comentário asqueroso. Ao ver uma imagem em que a filha de Justus, de apenas 5 anos, segurava uma bolsa de grife, o ex-secretário não teve pudor em escrever: “Só guilhotina…”, em resposta a um usuário que via na foto um sinal de que “os bolcheviques estavam certos”.

Para quem não se lembra, os bolcheviques, comunistas radicais da Revolução Russa de 1917, derramaram sangue de famílias inteiras — sem poupar crianças. Assim como seus ídolos revolucionários, Dantas parece não ver limites quando se trata de propagar ódio de classe.

Na tentativa de reduzir a repercussão do ato grotesco, o ex-burocrata petista apagou a publicação e emitiu um pedido de desculpas. A carta, contudo, não convenceu ninguém. No texto, ele começa tentando suavizar o absurdo: “Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X”. E prossegue: “Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha”.

Para quem lê, soa mais como cinismo do que arrependimento. O próprio histórico de Dantas não deixa dúvida de que a incitação à violência é recorrente. Desde 2019, ele publicou variações da mesma ameaça dezenas de vezes. Contra Bolsonaro, por exemplo, tuitou: “Robespierre já teria mandado esse fdp pra guilhotina”. Quando viu uma reportagem sobre “socialites católicas”, disparou: “Eu não sei porque mas quando eu vejo essas coisas, eu só me lembro da guilhotina…”. E em 2020, sobre Justus novamente, não teve constrangimento: “Adoraria ter emprego de operador de guilhotina”.

Dantas não era qualquer militante de rede social. Com cargos estratégicos no governo petista, ajudou a moldar o discurso de controle e regulação da comunicação. Dentro do Comitê Gestor da Internet (CGI), onde atuou por oito anos, pressionava por mais poder estatal sobre a internet brasileira. Em uma reunião em 2022, deixou claro que não tem medo de tentar limitar opiniões discordantes: “Dantas enfatizou que o CGI.br não deve ter medo de entrar nesses debates e que deve se preparar teoricamente e politicamente para isso”.

Não surpreende que o professor se diga devoto de Karl Marx. Sua carreira acadêmica é marcada por termos como “capital”, “capitalismo” e a velha ladainha da luta de classes. Em palestra, exaltou o autor comunista: “Sem dúvida nenhuma o grande pensador da economia política foi Karl Marx”. Para ele, dados são “o petróleo do século XXI” — metáfora repetida para justificar mais Estado controlando tudo.

A UFRJ, por sua vez, correu para se isentar. Em nota, declarou: “A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) repudiam qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros”. Ressaltou ainda que o professor se aposentou em 2022 e não fala pela instituição.

Para a família Justus, no entanto, o pedido de desculpas não basta. Já foi anunciado um processo contra todos os que promoveram esse tipo de discurso. E que fique claro: a frase final do ex-secretário do Lula reforça seu desprezo pela civilidade. Na mesma carta, minimiza o peso do que escreveu: “Lembrar aquelas tragédias históricas, pode servir (gostaria, mas nem sempre) de alerta quanto a situações que dão, infelizmente, nas mentes mais simplórias, explosões de raiva”.

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