
OMS relata que funcionários estão desmaiando de fome; profissionais de saúde sobrevivem com uma refeição mínima por dia em meio à escassez crítica de comida e água.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis extremos, afetando até mesmo aqueles que estão na linha de frente da ajuda: trabalhadores humanitários e profissionais da saúde estão desmaiando de fome enquanto tentam salvar vidas em meio à destruição causada pela guerra.
De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), a situação em Gaza ultrapassou todos os limites. “As pessoas não estão nem vivas, nem mortas — são como cadáveres ambulantes”, declarou Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o agravamento da escassez de alimentos e destacou que até mesmo os seus próprios funcionários estão sendo diretamente impactados.
“Estamos lutando para garantir o mínimo de comida aos nossos trabalhadores”, afirmou Rik Peeperkorn, representante da OMS em Gaza, em entrevista à ONU News.
Uma refeição por dia — ou menos
O relato da Unrwa revela que muitos dos profissionais de saúde sobrevivem com apenas uma refeição diária, geralmente composta por lentilhas — quando conseguem encontrar. Isso tem levado a episódios de desmaios por inanição entre os trabalhadores que prestam socorro à população.
A situação sanitária também é alarmante. A falta de água potável e a sobrecarga dos serviços de saúde agravam ainda mais o cenário. “Quando os próprios cuidadores não conseguem se alimentar, todo o sistema de resposta humanitária começa a colapsar”, alertou Lazzarini.
Ajuda humanitária bloqueada
Há atualmente cerca de 6 mil caminhões com alimentos e suprimentos médicos retidos na Jordânia e no Egito, aguardando autorização de Israel para entrar em Gaza. As agências da ONU reforçam que, sem acesso irrestrito e contínuo, a crise tende a piorar drasticamente nos próximos dias.
Além dos trabalhadores da ONU, jornalistas que cobrem a guerra também relataram risco iminente de fome. “A crise não distingue mais civis de profissionais humanitários. Todos estão sofrendo”, disse Lazzarini pelas redes sociais.
Apelo internacional urgente
A ONU reforça o apelo para que a ajuda humanitária possa chegar sem entraves à população civil. A liberação dos caminhões e o restabelecimento de rotas seguras são vistos como ações vitais para evitar um colapso total do sistema de saúde e do abastecimento em Gaza.
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