Iniciativa no Brasil diminui hospitalizações por pressão alta em bairros de São Paulo

Foto: internet
Projeto Cardio4Cities combina monitoramento comunitário e ações integradas e já triplicou controle da pressão e diminuiu AVC e infarto na capital paulista.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

O Cardio4Cities é uma iniciativa promovida pela Fundação Novartis, em parceria com governos locais, instituições de saúde e organizações comunitárias, criada para melhorar o controle da hipertensão arterial em grandes centros urbanos. O programa foi implementado em três cidades‑piloto — São Paulo (Brasil), Dakar (Senegal) e Ulaanbaatar (Mongólia) — com resultados expressivos já no primeiro ano de atuação.

Em São Paulo, o projeto começou em 2018 em seis UBSs da Zona Leste (Itaquera) e, após 15 meses, foi expandido para 236 unidades em diferentes regiões da cidade.

Resultados clínicos e impacto sanitário

Os principais resultados observados incluem:

  • Taxa de controle da pressão arterial saltou de 12% para 31%, ou seja, foi triplicada em menos de dois anos.

  • Internações por AVC tiveram redução de até 12 a 13%, enquanto os casos de infarto caíram até 13%.

  • Algumas regiões apontam queda de até 60% nas hospitalizações por pressão alta, conforme menciona ampla divulgação da iniciativa .

Além disso, projeções da Fundação Novartis indicam que, em um horizonte de 10 anos, o controle populacional da pressão pode reduzir em até 10% a taxa de AVC, e em até 8% os casos de infarto e mortalidade cardiovascular, se mantidos os esforços do programa.

Estratégias adotadas

O projeto se baseia em seis pilares — Cuidado, Acesso, Reforma política, Dados, Colaboração Intersetorial e Organização (sigla CARDIO) — e adota diversas ações, como:

  1. “Cantinhos” de medição da pressão arterial em UBSs, shoppings, rodoviárias e estações de metrô, facilitando o diagnóstico precoce.

  2. Capacitação das equipes de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos e agentes comunitários), com protocolos simplificados de tratamento .

  3. Integração de dados em tempo real para monitorar resultados, identificar falhas e orientar decisões de saúde .

Parcerias inovadoras para ampliar o impacto

A execução do projeto em São Paulo foi alavancada com a colaboração entre:

  • Prefeitura de São Paulo e Secretaria de Saúde;

  • Fundação Novartis;

  • Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio do cardiologista Álvaro Avezum;

  • BP – Beneficência Portuguesa e entidades científicas como Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

O modelo vem sendo replicado em outras capitais brasileiras, como Aracaju, Patos, Ceará e Paraíba, e deve se estender a mais de 30 cidades globalmente até 2026.

O Cardio4Cities demonstra que iniciativas locais bem estruturadas — com combinação de tecnologia, dados, envolvimento comunitário e inovação — são eficazes e econômicas para reduzir o impacto da hipertensão na saúde pública urbana. Resultados como o triplo aumento no controle da pressão e a queda significativa de AVCs e infartos tornam o programa referência internacional em saúde cardiovascular.

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