Rússia usa 400 drones e míssil para derrubar sistema de energia da Ucrânia

Bombardeios deixaram feridos em várias cidades; Zelensky cobra mais interceptadores e Trump respalda envio de armas.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Explosões tomaram conta da Ucrânia durante a noite após mais uma investida massiva da Rússia contra a infraestrutura energética do país. Foram centenas de drones lançados, além de um míssil balístico, deixando um rastro de destruição e pelo menos 15 feridos.

Dados da Força Aérea apontam que o alvo principal foi espalhado por cidades como Kharkiv, Kryvyi Rih e Vinnytsia, todas fundamentais para o abastecimento de energia em regiões populosas. “Estamos fazendo o possível para restaurar tudo em Kryvyi Rih, e o fornecimento de energia será restabelecido ao longo do dia.”

Enquanto isso, em Kupiansk, que fica na linha de frente dos combates, autoridades já tinham confirmado a morte de dois moradores em um ataque anterior, também usando drones. Em Kryvyi Rih, o chefe militar Oleksandr Vilkul explicou que o ataque foi extenso, com “um míssil e 28 drones”, provocando blecautes e cortes no fornecimento de água.

Em outras partes do país, os danos também foram severos. O Ministério do Interior informou que oito pessoas ficaram feridas em Vinnytsia e arredores. Em Kharkiv, segundo o governador Oleh Syniehubov, foram registradas 17 explosões em apenas 20 minutos de bombardeio, com três feridos.

Na capital, Kiev, o barulho de sirenes de alerta foi interrompido pelas defesas aéreas que conseguiram agir a tempo. O prefeito Vitali Klitschko disse que não houve vítimas ou destruição grave desta vez.

Mesmo com boa parte dos drones abatida, as forças de defesa confirmaram que 12 pontos foram atingidos. A estratégia de lançar grandes enxames de drones, combinados com mísseis, virou rotina na ofensiva russa.

O impacto internacional não demorou. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou os ataques ao aprovar novo pacote de armas para Kiev. Em resposta, o presidente ucraniano insistiu em mais apoio. “A Rússia não muda sua estratégia e, para combater esse terror de forma eficaz, precisamos de um fortalecimento sistêmico das defesas: mais defesas aéreas, mais interceptadores (drones), mais determinação para fazer a Rússia sentir nossa resposta.”

Desde o início da invasão em larga escala, que já dura mais de três anos, a população civil segue sendo alvo de bombardeios, enquanto Moscou insiste que as redes de energia são “alvos legítimos” por sustentarem o exército ucraniano. Kiev, por sua vez, também tem realizado contra-ataques em território russo, mas sem a mesma intensidade.

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