
Os advogados de Dzhokhar Tsamaev recorreram a um tribunal de apelações para a remoção do juiz George O`Toole do caso do condenado por terrorismo.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Dzhokhar Tsamaev, sentenciado pelo atentado à Maratona de Boston, sofreu mais uma derrota na Justiça dos Estados Unidos. Um pedido feito por seus advogados para a remoção do juiz distrital George O`Toole do seu caso foi negado por um tribunal de apelações.
No pedido, os advogados argumentaram que comentários feitos pelo juiz sobre o caso em podcasts e eventos constituíram parcialidade. O`Toole já tinha rejeitado os argumentos, afirmando que os advogados de Tsamaev “não haviam atingido o alto padrão exigido” para a petição.
Em decisão emitida esta semana, o Tribunal de Apelações do 1° Circuito concordou com o juiz, concluindo que “o requerente não cumpriu o padrão ‘exigente’ geralmente aplicável a petições de mandado de segurança que buscam a recusa de um juiz do tribunal distrital”.
A defesa do condenado por terrorismo se referiu a comentários de O`Toole que diziam respeito à organização de julgamentos complexos com juiz e aos problemas que as mídias sociais podem criar nesse contexto.
O magistrado está supervisionando uma revisão da sentença de Tsamaev pelo atentado à Maratona de Boston em 2013, que deixou três mortos e centenas de pessoas feridas perto da linha de chegada do evento esportivo.
Desde janeiro de 2023 os advogados de Tsamaev tentam anular a sentença de morte do homem de 32 anos, alegando má conduta do júri. Em março de 2024, um tribunal federal de apelações ordenou que O`Toole investigasse se houve parcialidade do júri. Se isso for constatado, Tsamaev terá direito a um novo julgamento para determinar se sua sentença será alterada para prisão perpétua.
No corredor da morte
Tsamaev está atualmente no corredor da morte, em uma prisão de segurança máxima do Colorado. Sua defesa recorreu da sentença de morte, proferida em 2015, alegando que o júri não agiu corretamente. A sentença chegou a ser anulada em 2020 pelo Tribunal do Primeiro Circuito, mas dois anos depois, a Suprema Corte anulou a decisão do tribunal de apelações por 6 votos a 3, restabelecendo a pena de morte.
Em 2023, os advogados de Tsamaev levaram novamente o caso ao Primeiro Circuito com nova acusações de que o juiz que o sentenciou tinha exigido injustamente que o julgamento fosse realizado em Boston, além de ter decidido erroneamente contra as contestações da defesa a dois jurados que, segundo eles, mentiram durante o interrogatório.
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