
Presidente dos EUA articula punições e promete tarifas a produtos brasileiros após ofensiva contra Bolsonaro.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A reação de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos ganhou força nesta terça-feira (15) depois que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a prisão de Jair Bolsonaro, com penas que podem chegar a 43 anos.
No alto escalão da Casa Branca, o assunto virou prioridade. Assessores próximos de Trump analisam formas de punir Gonet, seguindo a mesma linha de sanções já estudadas para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A equipe avalia usar a Lei Magnitsky e a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para aplicar restrições severas a autoridades brasileiras.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, acompanha pessoalmente as conversas em Washington, reforçando a parceria entre o governo Trump e defensores de Bolsonaro no Brasil.
Em meio a esse cenário, Trump disparou uma mensagem firme ao classificar as investidas judiciais como “ataques vergonhosos contra Bolsonaro”. Além disso, anunciou tarifas a produtos brasileiros como forma de resposta às ações do governo Lula e do STF.
Mesmo com o alerta vindo de Washington, ministros do Supremo indicam que não pretendem mudar de postura. Afirmam que decisões judiciais seguem independentes de pressões estrangeiras.
O mal-estar não é de hoje. No início do ano, o senador republicano Shane David Jett enviou uma carta a Paulo Gonet exigindo “esclarecimentos sobre medidas adotadas pelo MPF/PGR para combater ilegalidades noticiadas na imprensa brasileira e internacional diante da possibilidade de sanções americanas”.
A escalada ganhou força quando Gonet classificou Bolsonaro como “líder da organização criminosa” que teria arquitetado um golpe após as eleições de 2022. Também pesa contra o ex-presidente a acusação de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e ameaça grave ao patrimônio da União.
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