Programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, já realizou mais de 12,5 mil atendimentos na Aldeia Belém do Solimões e prevê outras quatro ações até novembro em áreas de difícil acesso.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Ministério da Saúde, em parceria com a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), iniciou um mutirão inédito para levar serviços médicos especializados a comunidades indígenas de regiões remotas da Amazônia. A primeira ação acontece na Aldeia Belém do Solimões, em Tabatinga (AM), considerada uma das maiores do país, com 10,5 mil habitantes. Somente nesta semana, mais de 12,5 mil atendimentos já foram realizados.
O mutirão, parte do programa Agora Tem Especialistas, oferece consultas, exames e cirurgias de média e alta complexidade diretamente no território indígena. A unidade de saúde móvel instalada na aldeia conta com um Centro Cirúrgico Móvel de Saúde Especializada, equipado com tecnologia de ponta para procedimentos como cirurgias oftalmológicas, endoscopias, exames de ultrassom e atendimento em ginecologia, pediatria e clínica geral.
Até o momento, a ação já resultou em 178 cirurgias oftalmológicas, 1,8 mil consultas, 10 mil exames e procedimentos e na entrega de 578 óculos. A estrutura também inclui triagens fluviais em comunidades vizinhas, como Feijoal, Filadélfia, Umariaçu 1 e Umariaçu 2.
A iniciativa atende diretamente mais de 80 comunidades indígenas da Terra Eware, habitada pelos povos Tikuna, Kokama, Kambeba e Kanamari. O objetivo é reduzir o tempo de espera no SUS e ampliar o acesso a serviços especializados, especialmente em regiões onde o deslocamento para atendimento médico exige longas viagens de barco ou avião.
Após a etapa em Belém do Solimões, o mutirão seguirá para a Aldeia Morada Nova, em Itamarati (AM), no Médio Rio Solimões, entre 8 e 17 de agosto. Outras ações estão programadas para ocorrer na Aldeia Itacoai (Vale do Javari, AM), no DSEI Xavante (MT) e no DSEI Alto Rio Juruá (AC) até novembro.
O programa é realizado em cooperação com a Associação Médicos da Floresta (AMDAF) e a Associação Expedicionários da Saúde (EDS), que mobilizam equipes voluntárias e estruturas especializadas para áreas de difícil acesso. Segundo o Ministério da Saúde, a ação representa um reforço estratégico para reduzir desigualdades no atendimento e garantir assistência integral aos povos indígenas da Amazônia.
- Leia mais:

Faça um comentário