
Mandados em Goiânia revelam como criminosos recrutavam pessoas para movimentar milhões em dinheiro ilegal por meio de contas pessoais.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14/8), a segunda fase da Operação Não Seja Um Laranja, com foco em combater crimes cibernéticos ligados a fraudes bancárias eletrônicas. As investigações apontam que o esquema movimentou valores expressivos, utilizando contas de pessoas comuns para lavar dinheiro oriundo de crimes virtuais.
Segundo os investigadores, indivíduos eram aliciados para ceder suas contas bancárias em troca de pagamento, permitindo que recursos de origem criminosa circulassem sem levantar suspeitas imediatas. Essa prática, popularmente conhecida como uso de “laranjas”, é um dos métodos mais utilizados para dificultar o rastreamento das transações ilícitas.
Durante a operação, autorizada pela Justiça Federal, agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Goiânia, recolhendo documentos, celulares e computadores.
O material apreendido servirá para identificar outros integrantes da rede e mapear a rota do dinheiro, que já ultrapassa fronteiras nacionais.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro — crimes que, somados, podem resultar em mais de 20 anos de prisão.
A Polícia Federal alerta que participar de tais esquemas, mesmo sem envolvimento direto na fraude inicial, é crime grave e alimenta redes que prejudicam milhares de vítimas no Brasil.
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