Câncer renal pode disparar no Brasil e América Latina até 2050

Foto: internet
Envelhecimento populacional, obesidade e sedentarismo estão entre os principais fatores de risco; diagnóstico precoce continua sendo a melhor estratégia.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O câncer renal, conhecido por se desenvolver silenciosamente, pode registrar um aumento alarmante nas próximas décadas. Estimativas indicam que os casos na América Latina devem crescer quase 80% até 2050, com cenário semelhante no Brasil. Especialistas ressaltam que envelhecimento da população, obesidade, sedentarismo e hábitos de vida inadequados elevam os riscos, enquanto o diagnóstico precoce permanece como a ferramenta mais eficaz para salvar vidas.

O crescimento do câncer renal não é resultado de um único fator, mas de uma combinação de elementos modificáveis e não modificáveis. O envelhecimento da população e a maior disponibilidade de exames, tanto na rede pública quanto na privada, contribuem para o aumento da detecção precoce da doença.

Fatores ligados ao estilo de vida também têm papel fundamental. O aumento da obesidade, do sedentarismo, o tabagismo e a predisposição genética elevam significativamente o risco de câncer renal. Doenças crônicas como hipertensão, diabetes e problemas renais também contribuem para o surgimento do tumor.

Homens têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação às mulheres, e a faixa etária mais afetada está entre 60 e 70 anos. Esses fatores inalteráveis se combinam com outros, que podem ser prevenidos ou controlados, ampliando a vulnerabilidade da população.

O câncer renal é silencioso. Seus sintomas, quando aparecem, geralmente surgem em estágios avançados e incluem febre persistente, fadiga, fraqueza, perda significativa de peso e sangue na urina, muitas vezes detectado apenas em exames laboratoriais. Por isso, não é raro que o diagnóstico ocorra de forma incidental, durante check-ups de rotina.

Atualmente, a doença não possui um programa de rastreio específico, mas novas tecnologias, como a análise de DNA tumoral no sangue, têm se mostrado promissoras na detecção precoce. Esse exame identifica fragmentos de DNA liberados por células cancerígenas na corrente sanguínea e permite monitorar mais de 70 tipos de tumores, incluindo os renais. Pessoas com fatores de risco podem se beneficiar de testes periódicos para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.

Quando detectado cedo, o câncer renal pode ser tratado cirurgicamente, muitas vezes sem comprometer a função do rim. Nódulos pequenos podem ser removidos parcialmente, enquanto tumores maiores exigem a retirada total do órgão, ainda com boas perspectivas de recuperação. Nos casos em que a doença já se espalhou para gânglios ou outros órgãos, são indicadas terapias complementares, como quimioterapia, imunoterapia e tratamentos-alvo, capazes de combater o tumor de forma precisa, preservando células saudáveis.

Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais. Mudanças no estilo de vida — prática regular de atividades físicas, alimentação equilibrada e abandono do tabagismo —, aliadas a exames periódicos, podem reduzir significativamente os riscos e aumentar a sobrevida dos pacientes. Em um cenário de crescimento exponencial da doença, conscientização e ação imediata são fundamentais para evitar que números alarmantes se transformem em tragédia de saúde pública.

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