Comissão mista foi criada em junho, mas só começou os trabalhos nesta quarta-feira (20); oposição conquistou presidência e relatoria, ampliando desgaste político do Planalto.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Congresso Nacional instalou nesta quarta-feira (20.ago.2025) a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A comissão havia sido criada em junho, após denúncias de descontos indevidos em benefícios previdenciários, mas só foi oficialmente instalada nesta data.
Em uma derrota para o governo Lula, a oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos–MG) como presidente da comissão. Ele obteve 17 votos, contra 14 do adversário, consolidando-se como o nome da oposição para conduzir os trabalhos.
Na relatoria, também prevaleceu a articulação oposicionista: o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil–AL) foi designado relator da CPMI. A escolha de Gaspar frustrou as expectativas da base governista, que defendia um nome considerado de perfil mais moderado.
A CPMI do INSS foi proposta após sucessivas denúncias de fraudes em empréstimos consignados e descontos irregulares em aposentadorias e pensões, que chegaram a atingir milhões de segurados em todo o país. O requerimento original foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos–DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL–MT), com apoio maciço da oposição.
Com a presidência e a relatoria nas mãos de parlamentares oposicionistas, a expectativa é de que a CPMI se torne um palco de embates políticos e de forte pressão sobre o Palácio do Planalto.
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