Consumo de batata frita pode aumentar risco de diabetes tipo 2, aponta estudo da Universidade Harvard

Foto: Internet
Pesquisa acompanhou mais de 200 mil pessoas durante 30 anos e concluiu que o preparo do alimento influencia diretamente o risco de desenvolver a doença.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Um novo estudo da Universidade Harvard, publicado na última quarta-feira (6) na revista científica BMJ, indica que o consumo regular de batatas fritas pode aumentar em até 20% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Por outro lado, batatas cozidas e assadas não apresentaram associação significativa com o aumento da doença.

A pesquisa também revelou que substituir batatas — especialmente na forma frita — por grãos integrais pode reduzir o risco em até 19%, reforçando a importância de escolhas alimentares mais saudáveis no dia a dia.

Como foi o estudo

Os cientistas analisaram as dietas e exames de 205.107 homens e mulheres ao longo de três décadas, utilizando dados de três grandes pesquisas anteriores. Durante esse período, os participantes responderam questionários regulares sobre a frequência de consumo de batatas em diferentes preparos e de alimentos como massas e pães integrais.

Além dos hábitos alimentares, os pesquisadores consideraram informações sobre estilo de vida, histórico de saúde e diagnósticos médicos. Ao final dos 30 anos, 22.299 voluntários haviam desenvolvido diabetes tipo 2.

Os resultados mostraram que consumir três porções semanais de batata frita estava associado a um aumento de 20% no risco da doença. Já substituir batatas assadas ou cozidas por grãos integrais resultou em uma redução de 4% no risco. A troca direta de batatas por grãos integrais apresentou uma redução ainda maior — 19%.

Preparação e substituição fazem diferença

O autor principal do estudo, Seyed Mohammad Mousavi, destacou que a pesquisa oferece uma visão mais detalhada do que estudos anteriores, ao considerar não apenas o consumo de batatas, mas também os métodos de preparo e possíveis substituições.

“Estamos mudando a conversa de ‘Batatas são boas ou ruins?’ para uma pergunta mais útil: como elas são preparadas e o que podemos comer em vez delas?”, afirmou Mousavi.

O coautor Walter Willett reforçou a mensagem de que pequenas mudanças na dieta podem ter grande impacto na prevenção da doença:

“Limitar o consumo de batatas — especialmente batatas fritas — e escolher carboidratos integrais pode ajudar a reduzir o risco de diabetes tipo 2 em toda a população.”

Impacto na saúde pública

A pesquisa ainda sugere que orientações nutricionais devem ir além das categorias amplas de alimentos e levar em conta como eles são preparados e o que estão substituindo na dieta. Segundo os pesquisadores, nem todos os carboidratos — e nem todas as batatas — têm o mesmo efeito no organismo, e essa distinção é essencial para criar diretrizes alimentares eficazes.

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