Dieta saudável fica fora do alcance de 2,6 bilhões de pessoas no mundo, alerta Banco Mundial

Foto: internet
Entre 2017 e 2024, países de baixa renda registraram aumento recorde no custo de alimentos nutritivos; África Subsaariana concentra maior impacto da crise.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O custo de uma dieta saudável se tornou um desafio crescente para bilhões de pessoas ao redor do mundo. Um estudo do Banco Mundial, divulgado no relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2025, revela que 2,6 bilhões de pessoas não tinham condições financeiras de manter uma alimentação saudável em 2024 — o equivalente a 32% da população global.

Embora o acesso a alimentos nutritivos tenha melhorado em algumas regiões, o progresso continua desigual. Entre 2017 e 2024, os países de baixa renda registraram a maior alta acumulada no custo de uma dieta saudável: 47,5%, contra a média global de 42%.

África Subsaariana concentra maior desafio

A pressão inflacionária foi particularmente intensa nos países da África Subsaariana, onde dietas de qualidade permanecem próximas de níveis recordes de inacessibilidade. Desde 2022, a região enfrenta dois anos consecutivos de piora: tanto a proporção de pessoas sem condições de pagar por alimentos saudáveis quanto o crescimento populacional empurraram milhões para a insegurança alimentar.

Em 2024, mais de 545 milhões de pessoas em países de baixa renda não conseguiam custear uma dieta saudável, um aumento superior a 20% em relação a 2017.

Custos em alta e renda estagnada

Enquanto a maior parte do mundo registrou uma desaceleração no aumento do custo de alimentos nutritivos em 2023 e 2024, países pobres seguiram na contramão: os preços subiram 7,6% em 2023 e 7% em 2024, sem que a renda acompanhasse essa escalada.

A disparidade econômica amplia a lacuna de acessibilidade, deixando populações inteiras vulneráveis à fome e à má nutrição. Além da África Subsaariana, Oriente Médio, Norte da África, Afeganistão e Paquistão também apresentaram sinais de deterioração.

Ações urgentes

Segundo o Banco Mundial e agências da ONU, enfrentar o problema exige investimentos em sistemas alimentares resilientes, apoio direto às famílias vulneráveis e políticas de desenvolvimento econômico que resultem em melhorias concretas no poder de compra da população.

Sem medidas rápidas e coordenadas, alertam os especialistas, o acesso a uma alimentação saudável e acessível para todos continuará sendo um objetivo distante.

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