Estados Unidos intensificam pressão militar contra a Venezuela em combate ao narcotráfico

Foto: Internet
Casa Branca envia destróieres e 4 mil fuzileiros navais ao Caribe; Washington acusa Nicolás Maduro de chefiar cartel de drogas e aumenta recompensa por sua captura para US$ 50 milhões.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiu um novo nível nesta semana, após o envio de três destróieres norte-americanos com cerca de 4 mil fuzileiros navais para as águas do Caribe, próximo à costa venezuelana. Segundo o Pentágono, as embarcações devem chegar ao litoral venezuelano nesta quinta-feira, 21 de agosto. A medida foi confirmada pela Casa Branca como parte da estratégia de combate ao narcotráfico, que o governo norte-americano considera uma ameaça direta à segurança nacional.

Horas depois do anúncio militar, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reafirmou a posição de Washington:

“O presidente Donald Trump tem sido muito claro: está disposto a usar todo o poder para deter a entrada de drogas no nosso país. Maduro não é um presidente legítimo”.

O Departamento de Justiça dos EUA acusa Nicolás Maduro de comandar o Cartel de Soles, considerado por Washington como uma organização terrorista ligada ao tráfico internacional de cocaína. A procuradora-geral Pam Bondi foi direta:

“Ele é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à nossa segurança nacional”.

Em paralelo à ofensiva militar, os Estados Unidos aumentaram a recompensa pela captura de Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (cerca de R$ 275 milhões).

Maduro reage e mobiliza milhões de milicianos

Em Caracas, Maduro respondeu mobilizando 4 milhões de integrantes da Milícia Nacional Bolivariana, criada em 2005 por Hugo Chávez. O líder chavista afirmou que as forças camponesas e operárias estão prontas para resistir:

“Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”.

Além disso, Maduro convocou as Forças Armadas da Colômbia para uma “aliança em caso de ataque dos EUA”, evocando a memória de Simón Bolívar na luta contra o colonialismo.

Apoios e críticas internacionais

O endurecimento do conflito também provocou reações internacionais. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou a presença militar dos EUA no Caribe e se posicionou “contra o intervencionismo”.

Enquanto isso, em Washington, congressistas republicanos e democratas apoiaram a decisão do Pentágono, reforçando que a Venezuela se tornou um “refúgio para o narcotráfico” e que o combate precisa ser direto e contundente.

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