EUA: Byron Black é executado por assassinato de namorada e filhas em 1988

Byron Black morreu por injeção letal quase 40 anos após matar sua namorada e as filhas dela; execução reacende debate sobre a pena de morte.

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Byron Black, de 69 anos, foi executado por injeção letal na manhã desta terça-feira (5), em Nashville, no estado americano do Tennessee, após ser condenado pelo assassinato brutal de sua namorada e das duas filhas dela em 1988. A execução aconteceu por volta das 10h33, e sua morte foi oficialmente confirmada dez minutos depois, às 10h43.

Testemunhas presentes relataram que Black gemia e suspirava com intensidade durante o processo. Segundo um conselheiro espiritual que o acompanhava na câmara de execução, ele chegou a dizer: “Está doendo muito”, logo após os fármacos começarem a agir. Black não deixou uma declaração final.

O caso ganhou repercussão nacional tanto pela crueldade do crime — ele matou a tiros Angela Clay, de 29 anos, e as filhas dela, Latoya, de 9 anos, e Lakeisha, de 6 — quanto pela disputa judicial que antecedeu sua execução.

A defesa de Black tentou impedir a pena alegando riscos à sua saúde durante o procedimento, uma vez que ele possuía um desfibrilador interno (CDI) implantado no coração. Os advogados argumentaram que, se não fosse desligado, o dispositivo poderia provocar choques elétricos no momento da injeção letal, causando sofrimento extremo. No entanto, a Suprema Corte do Tennessee revogou uma decisão anterior que solicitava o desligamento do aparelho, permitindo que a execução ocorresse com o equipamento ativo.

Além disso, a defesa tentou reabrir o caso com base em uma nova legislação estadual de 2021, argumentando que Black possuía deficiência intelectual, o que o tornaria inelegível para a pena de morte. No entanto, tanto a Suprema Corte dos EUA quanto o governador do estado, Bill Lee, rejeitaram os pedidos finais de apelação e clemência.

Black estava em cadeira de rodas e enfrentava sérios problemas de saúde, incluindo demência, insuficiência cardíaca e renal, além de danos cerebrais.

De acordo com o Death Penalty Information Center, organização que monitora o uso da pena de morte nos Estados Unidos, não há registro de outro caso envolvendo a execução de um condenado com um desfibrilador implantado ativo. Segundo o jornal Daily Mail, até mesmo os advogados de Black afirmaram não ter encontrado precedentes.

Essa foi a segunda execução realizada no Tennessee em 2025, após um intervalo de cinco anos provocado por problemas nos protocolos e pela pandemia da COVID-19. No total, os EUA já contabilizam 28 execuções este ano — número que iguala o total registrado em 2015, o mais alto da última década. Outras oito estão agendadas para os próximos meses.

 

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