Infecção por larvas da mosca-da-bicheira foi identificada em viajante que retornou de El Salvador; doença pode ser fatal se não tratada.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) confirmou no domingo (24) o primeiro caso humano de bicheira-do-Novo Mundo no país. O paciente, identificado como um viajante que havia retornado de El Salvador, foi diagnosticado com miíase causada pela mosca Cochliomyia hominivorax, segundo investigação conduzida pelo Departamento de Saúde de Maryland em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A doença, comum em animais e rara em humanos, ocorre quando as larvas da mosca penetram em feridas abertas e se alimentam dos tecidos vivos do hospedeiro, podendo provocar infecções graves e até a morte. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), as fêmeas depositam centenas de ovos em feridas, que eclodem em até 24 horas, iniciando imediatamente a destruição dos tecidos.
Embora erradicada dos EUA em 1966, a bicheira permanece endêmica em países da América Latina e Caribe, como Panamá, Cuba, Haiti, República Dominicana, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize e México. Só no Panamá, em 2023, foram notificados mais de 6.500 casos.
Os sintomas incluem dor intensa, inchaço, vermelhidão e secreção no local da infestação. O diagnóstico é feito por avaliação clínica associada ao histórico de viagens para áreas endêmicas. O tratamento consiste na remoção das larvas, por meio de procedimentos médicos, sendo desaconselhada a tentativa de retirada sem supervisão profissional.
O CDC recomenda medidas preventivas como o uso de repelentes, a proteção de feridas abertas e a instalação de telas mosquiteiras em regiões de risco. A confirmação do caso reacendeu o alerta para o controle epidemiológico e a importância da vigilância em fronteiras para evitar a disseminação da doença em território norte-americano.
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