Casa Branca diz estar pronta para agir contra narcotráfico; especialistas alertam para tensão regional
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Nos últimos dias, os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no sul do Caribe, próximo à costa venezuelana, enviando navios de guerra, aeronaves de patrulha e tropas terrestres. A Casa Branca, no entanto, não confirmou oficialmente qualquer operação militar direta contra a Venezuela, enfatizando apenas a capacidade de ação caso seja necessário. As informações são da porta-voz Karoline Leavitt e de fontes oficiais do governo americano, divulgadas nesta quinta-feira (28).
Leavitt destacou que o governo de Donald Trump está preparado para mobilizar todos os recursos da força americana no combate ao tráfico de drogas, sem detalhar ações específicas. Ela também reforçou que Nicolás Maduro não é reconhecido pelos EUA como presidente legítimo e o classificou como “um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista”.
Além da movimentação militar, os Estados Unidos aumentaram para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, em agosto. O ex-presidente venezuelano é acusado de liderar o Cartel de los Soles, recentemente classificado pelos EUA como organização terrorista internacional, com atuação ligada ao tráfico global de cocaína.
Especialistas em segurança internacional afirmam que, embora a presença militar seja oficialmente voltada para o combate ao tráfico, ela eleva a tensão geopolítica no Caribe, aumentando o risco de confrontos e afetando a estabilidade regional. A movimentação também é interpretada como pressão política adicional sobre Caracas, somando-se às sanções econômicas já aplicadas pelos EUA.
Analistas lembram que o Caribe é uma rota estratégica para o tráfico de drogas e que o reforço militar permite aos Estados Unidos monitorar portos e rotas marítimas usadas por cartéis internacionais, mantendo vigilância constante sobre atividades ilícitas.
O cenário permanece em desenvolvimento, e especialistas alertam que a presença militar americana pode influenciar decisões políticas e econômicas futuras, além de servir como alerta sobre o potencial crescimento do tráfico internacional na região.
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