Golpistas usam nome da Polícia Federal para extorquir vítimas em todo o país

Autoridades reforçam alerta contra fraudes digitais e telefônicas em meio ao crescimento de tentativas de enganar a população brasileira.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Criminosos têm enviado mensagens e feito ligações em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais nas últimas semanas, se passando por policiais federais e exigindo pagamentos indevidos. O golpe já deixou vítimas com prejuízos médios de R$ 6.311, segundo levantamento recente. A Polícia Federal reforçou que não solicita depósitos ou transferências e orienta a população a denunciar imediatamente. “Achei que era verdadeiro porque citaram meu nome e meus dados, só percebi depois que tinha caído no golpe”, relatou uma vítima de São Paulo.

A escalada das fraudes

O alerta acontece em um cenário de crescimento das tentativas de golpes no Brasil e no mundo. Um levantamento recente revelou que quatro em cada dez brasileiros já foram alvo de fraudes por canais digitais ou telefônicos. Desses, 10% admitiram ter caído nas armadilhas, com prejuízos médios de R$ 6.311 por vítima.

Segundo levantamento da empresa TransUnion, por meio de pesquisa com 18 países, o estudo Global de Tendências de Fraude Omnichannel mostrou que 53% dos entrevistados sofreram tentativas de fraude entre agosto e dezembro de 2024.

O golpe mais recorrente

Entre as modalidades mapeadas, o vishing — golpe em que criminosos ligam se passando por empresas legítimas, como operadoras de celular, planos de saúde e bancos — continua sendo o mais comum. Nessas ligações, os golpistas induzem as pessoas a fornecer senhas, números de cartões de crédito, CPF e outros dados pessoais, que depois são usados em fraudes financeiras.

O impacto é significativo: 29% dos entrevistados na pesquisa global relataram perdas financeiras diretas no último ano, com valor médio de US$ 1.747 (cerca de R$ 10.683 na época do levantamento).

Quem mais perde com os golpes

A pesquisa ainda revelou diferenças entre gerações. A Geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) foi a mais prejudicada, com 38% relatando perdas. Já entre os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), apenas 11% afirmaram ter sofrido prejuízos financeiros.

A posição das autoridades

Em comunicado oficial, a Polícia Federal reforçou que não faz cobranças financeiras de nenhum tipo e que qualquer tentativa nesse sentido deve ser tratada como fraude.

“Se alguém entrar em contato se passando por policial federal e pedindo dinheiro, desconfie e denuncie imediatamente à Polícia Federal ou à polícia local”, destacou a corporação.

O que fazer para se proteger

Especialistas em segurança digital orientam que nunca se forneçam dados pessoais por telefone ou aplicativos, e que é essencial verificar a autenticidade de contatos suspeitos antes de qualquer ação. No caso de mensagens que usem o nome de órgãos públicos ou empresas, o recomendado é procurar os canais oficiais.

Perspectiva

Com o avanço das tecnologias e a sofisticação das quadrilhas, a expectativa é que novos golpes surjam nos próximos meses. Autoridades reforçam que o combate depende tanto da repressão policial quanto da atenção dos cidadãos, que devem estar cada vez mais atentos a abordagens suspeitas.

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