Autoridades reforçam ações de inteligência e segurança para evitar que grupo criminoso brasileiro se estabeleça em território argentino e influencie o sistema prisional local.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O governo da Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, anunciou nesta terça-feira (5) um plano rigoroso para conter a presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) em território nacional. A medida vem após a identificação de 28 integrantes da facção criminosa brasileira atuando no país, além de indícios de práticas típicas da organização em presídios argentinos.
“Nossa prioridade é impedir que essa estrutura criminosa se estabeleça aqui. Faremos todos os esforços para evitar sua expansão e para impedir alianças com grupos locais que possam oferecer apoio logístico”, declarou o general Pascual Mario Bellizzi, recém-nomeado diretor do Departamento Federal de Investigações da Polícia Federal Argentina.
Segundo Bellizzi, o PCC tem ambições de ampliar sua influência para outros países da América do Sul. No entanto, o governo argentino já intensificou operações de inteligência e segurança para evitar que a facção se consolide no território. Dos 28 suspeitos já identificados, oito estão presos e os demais são alvos de investigações, processos de extradição ou deportação.
As autoridades também revelaram que rituais típicos do PCC foram detectados em presídios argentinos, como cerimônias de iniciação e “batismos”, em que novos membros recebem um número de identificação dentro da organização. “Esses ritos refletem a mesma lógica de controle e poder observada nos presídios brasileiros”, destacou o Ministério da Segurança argentino.
Reforço nas prisões e cooperação internacional
O combate à facção se intensificou na última semana com a prisão de Fábio Rosa Carvalho, conhecido como “Fábio Nóia”, em Buenos Aires. Considerado um dos líderes do crime organizado no sul do Brasil e integrante do PCC, ele estava foragido desde 2023, após violar a tornozeleira eletrônica. Fábio figurava na lista vermelha da Interpol.
A captura foi resultado de uma ação conjunta entre autoridades brasileiras e argentinas. Segundo o delegado João Paulo Abreu, diretor do Deic-RS, Fábio Nóia era uma peça-chave na logística de envio de drogas do PCC para o sul e sudeste do Brasil. “Seu papel era estratégico no abastecimento da facção”, afirmou.
A Argentina segue reforçando suas estratégias de segurança e inteligência, sinalizando que a presença de organizações criminosas estrangeiras não será tolerada em seu território.
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