O acordo mira um cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hamas, que poderá também contemplar a troca dos reféns israelitas que ainda estão em cativeiro na Faixa de Gaza, da Palestina.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Nesta segunda-feira (18), uma fonte ligada ao Hamas confirmou que o grupo aceitou a mais recente proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores internacionais, que também prevê a libertação gradual de reféns mantidos na Faixa de Gaza.
“Informamos aos mediadores que aprovamos a proposta deles, que nos foi apresentada ontem (domingo)”, declarou a fonte, citando o Egito e o Qatar como responsáveis pela mediação das negociações entre Israel e Hamas. Ambos os países têm desempenhado um papel central nos esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito, atuando como interlocutores diretos e buscando pontos de convergência entre as duas partes.
Segundo informações preliminares, a nova proposta é uma versão revisada do acordo anteriormente discutido, que previa um cessar-fogo de 60 dias. No entanto, o texto atual parece ir além: trata-se de uma solução intermediária entre a possibilidade de um cessar-fogo total — o que significaria o fim formal da guerra — e uma trégua temporária.
O documento incluiria a libertação de reféns em duas fases distintas e a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel de algumas áreas da Faixa de Gaza. Essa abordagem gradual é vista como um ponto de equilíbrio, já que contempla demandas de ambos os lados sem encerrar imediatamente as operações militares ou comprometer um retorno completo à normalidade.
Ainda assim, os contornos definitivos do acordo permanecem incertos. Não foram revelados prazos detalhados, nem quais territórios poderiam ser desocupados em cada etapa. Além disso, não há clareza sobre como será garantido o cumprimento das medidas nem quais seriam as condições impostas para a retomada ou manutenção das hostilidades em caso de descumprimento.
O anúncio, no entanto, sinaliza um avanço importante nas negociações, especialmente após meses de impasse, escaladas de violência e pressões da comunidade internacional para que se encontre uma saída viável ao conflito.
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