Ataque ocorreu após desentendimento na cela e reforça denúncias sobre riscos e perseguição política nas prisões do 8 de janeiro.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Uma briga dentro de uma cela no Presídio Feminino Regional de Florianópolis, em Santa Catarina, terminou com uma detenta de 62 anos ferida no rosto. A vítima, Jucilene Costa do Nascimento, cumpre pena de 14 anos pelos atos de 8 de janeiro e, segundo sua defesa, foi atacada depois que outras presas descobriram que ela seria bolsonarista.
O episódio aconteceu em 4 de agosto e foi identificado durante um procedimento de rotina realizado pela equipe do presídio. Após o ataque, Jucilene recebeu atendimento médico, passou por exame de corpo de delito e registrou boletim de ocorrência. A agressora foi transferida de cela como medida preventiva.
A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) confirmou o caso e declarou em nota: “Todas as providências legais e administrativas cabíveis foram adotadas pela direção da unidade. A Sejuri reitera que repudia qualquer forma de violência e atua com rigor e transparência na apuração de todos os fatos.”
A defesa já havia solicitado anteriormente que Jucilene respondesse em liberdade mediante medidas cautelares, alegando risco à sua integridade física. Após a agressão, o pedido foi renovado, mas a Justiça negou novamente no último dia 13.
Para entidades de direitos humanos e juristas críticos às prisões do 8 de janeiro, casos como o de Jucilene evidenciam não apenas a falta de segurança no sistema penitenciário, mas também o uso político das detenções. Eles afirmam que a manutenção prolongada dessas prisões, sem julgamento célere, afronta garantias constitucionais e expõe os detentos a situações de violência e perseguição ideológica.
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