
Pronunciamento será o segundo em menos de um mês; presidente tenta blindar STF diante de pressão internacional.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em mais um movimento que escancara a aliança entre o Palácio do Planalto e ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu usar novamente a cadeia nacional de rádio e televisão — desta vez, para reagir às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes.
A punição a Moraes foi anunciada com base na chamada Lei Magnitsky, mecanismo usado por Washington para atingir autoridades acusadas de violar direitos humanos ou praticar corrupção. O Brasil, no entanto, optou por tratar o episódio como uma afronta ao Judiciário nacional — e Lula resolveu liderar a ofensiva.
Nos bastidores do Planalto, o clima é de tensão e articulação. “O presidente quer solidariedade e acha que o tribunal precisa ser defendido”, disse à coluna um ministro do governo. A declaração revela o tom do pronunciamento, que, segundo interlocutores, terá foco em reforçar apoio institucional ao STF diante da repercussão global do caso.
A reação de Lula, descrita por aliados como “indignada”, confirma a disposição do petista em transformar a sanção em palanque político. Segundo fontes próximas, o texto da fala ainda estava sendo finalizado até por volta das 15h da última quinta-feira (31).
A iniciativa ocorre semanas após o presidente usar o mesmo canal para atacar o governo norte-americano por conta de medidas tarifárias contra produtos brasileiros. Em ambos os casos, Lula evitou a diplomacia e preferiu a exposição midiática, alimentando críticas sobre sua condução da política externa e seu alinhamento com figuras polêmicas do Judiciário.
Enquanto cresce a pressão internacional, Lula insiste em defender Moraes de forma pública, ampliando o desgaste institucional num momento em que o governo já enfrenta resistência interna e alertas sobre o impacto econômico de seus recentes confrontos diplomáticos.
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