ONU e potências pedem fim imediato da ocupação militar em Gaza

Screenshot
O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que a medida de Israel, de tentar ocupar Gaza, deve ser interrompida imediatamente.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou duramente o plano de ocupação militar da Cidade de Gaza, aprovado pelo gabinete de segurança israelense.

Em comunicado emitido na última sexta-feira (8), o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que a medida deve ser interrompida imediatamente, por ir contra determinações da Corte Internacional de Justiça (CIJ).

Segundo Türk, a decisão israelense desrespeita a ordem da CIJ para encerrar a ocupação “o mais rápido possível”, compromete a solução negociada de dois Estados e fere o direito dos palestinos à autodeterminação.

A China também se manifestou, expressando “sérias preocupações” com a iniciativa.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que “Gaza pertence ao povo palestino e é parte inseparável do território palestino”.

No Reino Unido, a ministra de Segurança Energética, Miatta Fahnbulleh, declarou que a Grã-Bretanha espera que Israel reconsidere a decisão.

Para ela, a medida é equivocada e pode agravar uma situação já intolerável e atroz.

Já a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, pediu que Israel não avance com a ocupação, alertando que a ação só ampliará a catástrofe humanitária em Gaza.

Ela classificou o deslocamento forçado permanente como violação do direito internacional e reiterou pedidos por:

  • cessar-fogo imediato;
  • liberação irrestrita da ajuda humanitária;
  • retorno dos reféns sequestrados pelo Hamas em outubro de 2023.

Wong reforçou que, para o governo australiano, a solução de dois Estados é o único caminho para a paz duradoura, com Israel e Palestina vivendo lado a lado em segurança, dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente.

Apesar de ainda não ter reconhecido formalmente o Estado palestino, a Austrália declarou que poderá fazê-lo “no momento apropriado”, e vem endurecendo as críticas às ações israelenses.

O plano israelense, aprovado horas depois de o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu reafirmar sua intenção de expandir a presença militar por todo o território palestino, prevê que as Forças Armadas assumam o controle da Cidade de Gaza.

Segundo informações obtidas, cerca de 800 mil pessoas vivem atualmente na área, e o plano inclui:

  • retirada obrigatória dos civis;
  • fornecimento de ajuda humanitária para populações deslocadas.

A medida integra a chamada “proposta para derrotar o Hamas” e foi anunciada apesar do aumento das críticas internas e internacionais à guerra, que já dura quase dois anos.

 

 

🌐 LEIA TAMBÉM:

https://gnewsusa.com/2025/08/advogado-de-trump-envia-recado-a-alcolumbre-sobre-impeachment-de-moraes/

https://gnewsusa.com/2025/08/torcida-pressiona-e-corinthians-decide-hoje-futuro-de-augusto-melo-em-votacao-de-impeachment/

https://gnewsusa.com/2025/08/brasil-policia-federal-prende-lider-de-faccao-criminosa-com-multiplas-identidades-falsas-em-ipatinga-mg/

 

 

 

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*