
Organização criminosa movimentou R$ 52 bilhões usava postos, fundos e banco digital para lavagem
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e o Ministério Público estadual, deflagrou nesta quinta-feira (28) uma megaoperação para atingir o coração financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação mobilizou 776 policiais e cumpriu mandados em regiões estratégicas da capital paulista, além de Campinas e Ribeirão Preto, mirando fraudes no setor de combustíveis que movimentaram cerca de R$ 52 bilhões em apenas quatro anos.
De acordo com a Receita Federal, mil postos de combustíveis mantinham ligação direta com a facção criminosa, funcionando como fachada para a lavagem de recursos oriundos principalmente do tráfico de drogas. O esquema contava ainda com a atuação de 40 fundos de investimento e de um banco digital usado como agência paralela do PCC, em operações financeiras sofisticadas de ocultação patrimonial.
Durante a ofensiva, foram apreendidos celulares, computadores e documentos que devem aprofundar as investigações. Embora o objetivo principal não fosse realizar prisões, algumas detenções ocorreram. Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, cada equipe recebeu ordens específicas para desarticular o mecanismo financeiro por trás da quadrilha.
As apurações revelaram também que o grupo criminoso importava produtos químicos usados para adulterar combustíveis, atingindo diretamente os consumidores comuns. O Ministério Público de São Paulo reforçou que a complexidade da operação demonstra a evolução das máfias brasileiras, cada vez mais inseridas em setores econômicos estratégicos, ampliando o poder e a influência do crime organizado no país.
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